
O Reino Unido assinou um acordo com as Ilhas Maurício para manter o controle da base militar no Oceano Índico, localizada no arquipélago das Ilhas Chagos.
Dessa forma, os britânicos e americanos garantem acesso estratégico a regiões como o Oriente Médio e o Mar do Sul da China, encerrando uma disputa diplomática que durou décadas.
Reino Unido mantém controle da base militar no Oceano Índico
Conforme anunciou o primeiro-ministro Keir Starmer, o Reino Unido pagará R$ 760 milhões por ano (equivalente a £ 101 milhões) a Maurício.
Além disso, o valor presente líquido do acordo foi calculado em £ 3,4 bilhões, segundo projeções do governo britânico.
Portanto, o pacto oferece previsibilidade para ambas as nações.
Diego Garcia oferece vantagens militares e logísticas
A base de Diego Garcia, por sua vez, abriga sistemas críticos de comunicação e permite o deslocamento rápido para o Indo-Pacífico e o Golfo Pérsico.
Por isso, os Estados Unidos e o Reino Unido consideram a instalação uma peça-chave para operações militares e estratégicas.
Ela já foi usada em conflitos no Afeganistão e no Iraque.
Apesar das críticas, governo defende acordo estratégico da base militar
Mesmo com os benefícios evidentes, líderes da oposição criticaram o acordo. Nigel Farage, por exemplo, o classificou como uma “rendição financeira”.
Ainda assim, Starmer afirmou que o pacto fortalece a política externa britânica e evita a perda de uma estrutura essencial.
Além disso, garante estabilidade em uma região sensível.
Relação entre Maurício e China levanta preocupações
Nos últimos anos, Maurício estreitou relações com a China, o que gerou preocupações entre aliados ocidentais.
Nesse contexto, manter a base militar no Oceano Índico sob controle britânico-americano reduz o risco de uma eventual influência chinesa na região.
Isso tranquilizou autoridades americanas, que já haviam demonstrado receio.
Diplomacia evolui após meses de negociações
As conversas entre Reino Unido e Maurício começaram em outubro de 2024.
No entanto, só evoluíram após a eleição do novo primeiro-ministro mauriciano, Navinchandra Ramgoolam.
Depois de seis meses de ajustes, o acordo foi fechado em maio de 2025.
Enfim, as partes comemoraram o avanço diplomático e o fortalecimento dos laços bilaterais.