O BCE (Banco Central Europeu) anunciou nesta quinta-feira (5) um novo corte de 0,25 ponto percentual em suas principais taxas de juros, reduzindo a taxa de depósito de 2,25% para 2%. Esta é a oitava redução consecutiva desde junho de 2024. O movimento indica o ciclo de afrouxamento monetário mais rápido da história da instituição.
“A inflação situa-se em torno do objetivo de médio prazo de 2%”, diz o comunicado do BCE. O texto também reforça que a decisão foi baseada na “avaliação atualizada do Conselho do BCE das perspectivas de inflação, da dinâmica da inflação subjacente e da força da transmissão da política monetária”.
BCE: previsões de inflação e crescimento para a zona do euro
Para o próximo ano, a previsão de inflação foi revista para baixo, de 1,9% para 1,6%. A redução está ligada, especialmente, à queda já esperada nos preços da energia, bem como à valorização do euro. A inflação subjacente — que exclui energia e alimentos — deve fechar 2025 em 2,4%, e depois recuar ainda mais para 1,9% nos dois anos seguintes.
No que diz respeito ao crescimento, o PIB (Produto Interno Bruto) da zona do euro deve crescer 0,9% em 2025, 1,1% em 2026 e 1,3% em 2027. Segundo a Veja, o BCE destacou que o início deste ano teve desempenho mais forte do que o esperado, mas o restante do período deve mostrar desaceleração.
Além disso, fatores como a incerteza no comércio internacional podem afetar o investimento e as exportações. Contudo, o aumento dos gastos públicos e o mercado de trabalho aquecido devem oferecer suporte à atividade econômica no médio prazo.
Mesmo com o corte, o BCE não se comprometeu com uma trajetória fixa de redução de juros. A instituição declarou que seguirá tomando decisões com base nos dados de inflação e atividade econômica.