O megainvestidor Warren Buffett emitiu um forte alerta sobre os perigos do protecionismo, afirmando que o comércio não deve ser usado como arma política e classificando as tarifas como “um ato de guerra” que pode gerar consequências prejudiciais.
“Tarifas comerciais são um ato de guerra… O comércio não deve ser uma arma”, disse o presidente da Berkshire Hathaway (BERK34), durante a reunião anual de acionistas da companhia, segundo o Investing.
Os comentários de Buffett vêm em meio à crescente preocupação com o avanço das tensões comerciais dos EUA.
Conhecido por seu otimismo em relação à economia americana, Buffett destacou que, embora os Estados Unidos tenham se beneficiado do livre comércio, transformá-lo em uma ferramenta de confronto pode ser contraproducente. “O comércio pode ser um ato de guerra, e [as tarifas] já levaram a consequências ruins”, afirmou.
O governo de Donald Trump está promovendo uma ampla reformulação das políticas comerciais do país, com a implementação de tarifas abrangentes sobre uma grande variedade de importações, especialmente da China.
As medidas geraram retaliações de parceiros comerciais importantes, aumentaram a volatilidade nos mercados globais e intensificaram os temores quanto ao impacto de longo prazo nas cadeias de suprimentos e na inflação mundial.
Buffett destacou benefícios da prosperidade global
Além disso, Warren Buffett enfatizou os ganhos de uma economia global próspera: “Quanto mais próspero o resto do mundo se torna, melhor e mais seguro é para nós, na América.”
O megainvestidor também criticou políticas comerciais de cunho isolacionista, afirmando que afastar a comunidade internacional pode ter consequências negativas para o país no longo prazo.
“É um grande erro, na minha opinião, quando você tem 7,5 bilhões de pessoas que não gostam muito de você, e 300 milhões dizendo o quão bem estão indo”, declarou. “Não acho que seja certo ou sábio”, acrescentou Buffett.