Relação comercial

Canadá deve tirar tarifas retaliatórias a produtos dos EUA

Seguirão as tarifas canadenses sobre automóveis, aço e alumínio americano

Mark Carney, primeiro-ministro do Canadá. Foto: Reprodução/ X/ @MarkJCarney
Mark Carney, primeiro-ministro do Canadá. Foto: Reprodução/ X/ @MarkJCarney

O Canadá anunciará na sexta-feira a remoção de muitas tarifas retaliatórias sobre produtos americanos, disse uma fonte com experiência do assunto à agência britânica de notícias, a Reuters.

As tarifas canadenses sobre automóveis, aço e alumínio dos EUA permanecerão por enquanto, disse a fonte, que pediu anonimato devido à sensibilidade da situação.

A mudança de política significa que todos os produtos norte-americanos que cumpram as regras do USMCA (Acordo Estados Unidos-México-Canadá, que substituiu o antigo NAFTA – Acordo de Livre Comércio da América do Norte) entrarão no Canadá sem tarifas, encerrando parcela da tensão comercial que se arrasta durante o governo de Donald Trump.

O primeiro-ministro canadense, Mark Carney, deve conceder uma entrevista coletiva sobre o tema nesta sexta-feira (22).

Corte de juros: Powell abre porta para reduzir taxa ao citar risco para emprego

O chair do FED (Federal Reserve), Jerome Powell, abriu nesta sexta-feira a porta para um corte de juros, mas não assumiu compromisso firme. No entanto, ele destacou os riscos ao emprego e a persistência da inflação.

Powell explicou que o mercado de trabalho parece equilibrado; entretanto, a desaceleração na oferta e demanda por trabalhadores aumenta rapidamente os riscos de queda no emprego. Se esses riscos se materializarem, poderão impactar a economia imediatamente.

Além disso, ele apontou que tarifas sobre produtos importados pressionam os preços e podem estimular uma inflação mais duradoura. Contudo, a expectativa básica do Fed indica que esse efeito deve diminuir gradualmente.

Corte de juros dependerá de dados de emprego e inflação

Os comentários de Powell indicam que qualquer corte de juros dependerá diretamente dos relatórios de emprego e inflação antes da reunião do Fed, marcada para 16 e 17 de setembro. Portanto, o comitê continuará avaliando os impactos econômicos continuamente.

Powell ressaltou que a política monetária permanece em território restritivo; entretanto, mudanças no equilíbrio de riscos podem justificar ajustes. Por isso, ele mantém cautela, embora sinais de enfraquecimento do emprego aumentem a pressão para reduzir juros.

Além disso, Powell não indicou datas específicas ou velocidade para cortes futuros. Em consequência, a pressão externa, incluindo do ex-presidente Donald Trump, continua, exigindo atenção do Fed e reforçando a importância de relatórios econômicos confiáveis.

Novo contexto estratégico reforça cautela do Fed

O chair também anunciou uma nova estratégia do Fed, enfatizando que seu mandato de emprego máximo depende da estabilidade de preços. Consequentemente, a política monetária seguirá monitorando tarifas, inflação e dados de emprego.

Alguns membros, como Christopher Waller, defendem que cortes de juros imediatos podem proteger o mercado de trabalho enfraquecido. Entretanto, outros integrantes permanecem cautelosos, pois a inflação ainda pode se tornar persistente.

Portanto, o mercado acompanha atentamente cada palavra de Powell e a reunião de setembro para avaliar se o Fed realizará o esperado corte de juros, equilibrando riscos de inflação e emprego.