Disputa comercial

Casa Branca diz que considera outras ações contra a China

A afirmação foi feita por Stephen Miller, vice-chefe de gabinete de políticas da Casa Branca

Trump anuncia possível tarifa extra de 50% sobre produtos chineses
Foto: China e EUA / CanvaPro

O governo de Donald Trump está preparando novas ações contra a China. A afirmação foi feita nesta sexta-feira (30) por Stephen Miller, vice-chefe de gabinete de políticas da Casa Branca, após o presidente dos EUA acusar Pequim de “violar” o acordo comercial firmado com Washington.

“Isso abre todo tipo de ação para os EUA garantirem conformidade futura”, disse Miller a repórteres na Casa Branca, segundo o Money Times.

“Há medidas que já foram tomadas, há medidas que estão sendo tomadas e há medidas que estão sendo consideradas”, afirmou ele também em entrevista à CNN. “Seria incrivelmente imprudente da parte da China continuar nesse caminho e não buscar, em vez disso, o caminho da cooperação.”

Reação da China às acusações de Trump

Em resposta, a China pediu nesta sexta-feira que os EUA acabem com as “restrições discriminatórias” contra Pequim e que ambos os países “mantenham conjuntamente o consenso alcançado nas negociações de alto nível em Genebra”, segundo declaração da Embaixada da China em Washington.

O posicionamento veio horas após Trump acusar a China de “violar totalmente” o acordo firmado na Suíça há duas semanas, que visava reduzir as tensões da guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo.

“Desde as negociações econômicas e comerciais entre China e EUA em Genebra, os dois lados têm mantido a comunicação sobre suas respectivas preocupações nos campos econômico e comercial em várias ocasiões bilaterais e multilaterais em diversos níveis”, afirmou Liu Pengyu, porta-voz da embaixada chinesa.

Casa Branca ataca Amazon (AMZO34) por ideia de expor custo das tarifas

Um novo embate parece estar surgindo entre a Casa Branca e a Amazon (AMZO34). Segundo apuração do New York Times, a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, acusou o gigante do varejo online de ser “hostil e político”, em referência a uma reportagem — contestada pela Amazon — do Punchbowl News, que afirmou que a empresa começaria a exibir, ao lado de seus produtos, o custo exato dos aumentos de preços relacionados a tarifas.

Exibir as taxas de importação deixaria claro para os consumidores norte-americanos que são eles quem estão arcando com os custos das políticas tarifárias do presidente Donald Trump — e não a China —, como ele e seus principais assessores frequentemente afirmam.

Um porta-voz da Amazon disse que a empresa considerou uma ideia semelhante para parte do seu site, o Amazon Haul, que concorre com a varejista chinesa Temu. A Temu envia produtos diretamente aos consumidores e começou a exibir “taxas de importação” para refletir o fim de uma brecha alfandegária que isentava itens de baixo valor das tarifas.