Estados Unidos

China afirma que restrições dos EUA aos semicondutores terão efeito contrário

“Essas ações por parte dos EUA prejudicarão o desenvolvimento da indústria global de semicondutores”, declarou representante da China

Foto: Unsplash / China
Foto: Unsplash / China

O plano dos EUA de pressionar outros países a adotarem medidas contra a indústria de semicondutores da China terá um efeito reverso, afirmou nesta terça-feira (25) o Ministério das Relações Exteriores chinês. A iniciativa do governo de Donald Trump visa ampliar os esforços para limitar o avanço tecnológico do país asiático.

“Essas ações por parte dos EUA prejudicarão o desenvolvimento da indústria global de semicondutores”, declarou Lin Jian, porta-voz do ministério, conforme publicado pelo Valor.

Na segunda-feira (24), a Bloomberg informou que autoridades dos EUA se reuniram recentemente com seus homólogos japoneses e holandeses para discutir restrições à atuação de engenheiros da Tokyo Electron e da ASML na manutenção de equipamentos de semicondutores na China.

Além disso, alguns membros do governo Trump também defendem a imposição de limites mais rígidos à exportação de chips da Nvidia para a China, exigindo licenças para determinados produtos.

China quer ampliar parceria na América Latina

Enquanto Pequim, capital chinesa, busca melhorar sua posição em uma região que tem histórico de influência dos EUA, o ministro das Relações Exteriores disse à colega boliviana, que a China sempre será amiga e parceira “confiável” da América Latina.

“A América Latina é o lar do povo latino-americano e não é o ‘quintal’ de nenhum país”, disse o ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi. A declaração do político ocorreu durante a reunião nas Nações Unidas na terça-feira (18), de acordo com um comunicado de seu ministério.

A China quer “elevar continuamente a parceria estratégica China-Bolívia”, disse Wang à Celinda Sosa, ministra das Relações Exteriores da Bolívia.

A Bolívia está no grupo de países latino americanos que se aproximaram economicamente da China através de dívidas e investimentos, ao estabelecer laços diplomáticos com Pequim em 1985.

A China é o maior credor bilateral do mundo e tem com a Bolívia, um país rico em recursos naturais, um negócio de empréstimo superior a US$1,7 bilhão, de acordo com dados do Banco Mundial.