A China anunciou nesta segunda-feira (13) que seu saldo comercial alcançou um recorde de aproximadamente US$ 1 trilhão em 2024, mesmo em meio a uma onda protecionista que afeta boa parte dos produtos chineses.
Os dados também mostram que o Brasil foi o país para o qual a China mais aumentou as exportações em 2024. As vendas para o mercado brasileiro cresceram 22%, atingindo US$ 72 bilhões. Na sequência, destacaram-se os aumentos nas exportações para o Vietnã (17,7%), Indonésia (17,6%) e Malásia (16,1%).
Por outro lado, a China reduziu em 3,5% as importações vindas do Brasil, somando um total de US$ 116 bilhões.
Nada menos que 77% das exportações brasileiras para a China correspondem a soja, minério de ferro e petróleo. Os números divulgados por Pequim mostram a evolução do volume e dos preços desses produtos.
No caso da soja, as importações chinesas cresceram 6,5% em volume, mas os gastos foram 10,9% menores. Já para o minério de ferro, o volume comprado aumentou 4,9%, mas os preços caíram 2,5% na comparação anual. O petróleo, por sua vez, apresentou queda tanto em volume (-1,9%) quanto em valor (-3,9%). As informações são do Valor Econômico.
China produz mais carros do que precisa: um problema para montadoras
A China se transformou em um grande polo automotivo nos últimos anos, adquirindo dominância, especialmente no desenvolvimento de veículos elétricos, que circulam nas ruas das maiores metrópoles do mundo. Contudo, o país está produzindo mais carros do que sua população pode absorver, o que cria um grande problema para as montadoras.
Segundo dados divulgados pela Associação Chinesa de Carros de Passageiros na quinta-feira (9), as vendas de automóveis cresceram 5,5% em 2024, alcançando 22,9 milhões de veículos. Mesmo com esse crescimento, a demanda está abaixo da metade da capacidade projetada pelas companhias.
Esse descompasso obriga muitas montadoras a reduzir preços e até mesmo a expandir suas vendas internacionais para se manterem competitivas em um mercado cada vez mais acirrado.