
A produção industrial da China cresceu 5,8% em maio, na comparação com o mesmo mês do ano anterior. O resultado representa uma desaceleração em relação aos 6,1% registrados em abril, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (16) pelo Escritório Nacional de Estatísticas da China.
Analistas esperavam um crescimento de 5,9% na comparação anual. Os dados de maio de 2025 apontam o menor ritmo de expansão da produção industrial chinesa em seis meses.
Por outro lado, as vendas no varejo cresceram 6,4% em maio, na comparação anual, superando as previsões de 5% apuradas em pesquisa com analistas. Este foi o avanço mais rápido desde dezembro de 2023.
Os dados mistos refletem que a economia chinesa continua pressionada pela ofensiva tarifária do presidente dos EUA, Donald Trump, e pela fraqueza persistente no setor imobiliário, onde os preços das casas seguem em queda, sem sinais de reversão.
“A trégua comercial entre EUA e China não foi suficiente para evitar uma perda mais ampla de impulso econômico no mês passado”, afirmou Zichun Huang, economista da China na Capital Economics, segundo o Money Times. “Com tarifas permanecendo altas, apoio fiscal enfraquecendo e ventos contrários estruturais persistindo, o crescimento provavelmente desacelerará ainda mais este ano.”
Impacto nas exportações chinesas
Os dados divulgados no início deste mês mostraram que as exportações totais da China cresceram 4,8% em maio, mas os embarques para os EUA despencaram 34,5%. Essa foi a maior queda desde fevereiro de 2020.
As pressões deflacionárias do país também aumentaram em maio.
Aumento nas Vendas no Varejo
Sustentando as vendas no varejo, houve forte consumo durante o feriado do Dia do Trabalho e a adoção de um programa de troca de bens de consumo. Além disso, um festival de compras estendido, o “618” — um dos maiores eventos online da China em volume de vendas — começou mais cedo que o habitual em 2025, impulsionando o consumo.