Amplia aposta no Brasil

China usa soja como ‘moeda de troca’ em disputa com EUA

Dados do Departamento de Agricultura dos EUA mostram que, até 11 de setembro, a China não havia reservado nenhuma carga da oleaginosa

(Reprodução:
(Reprodução:

Pela primeira vez desde pelo menos a década de 1990, a China não comprou soja dos Estados Unidos no início da temporada de exportação. O movimento indica que Pequim voltou a usar a agricultura como instrumento de pressão em sua disputa comercial com Washington.

Como maior comprador global da commodity, a China exerce forte influência sobre os mercados internacionais. Agora, o país retoma a tática de restringir aquisições dos EUA — utilizada durante a primeira guerra comercial do ex-presidente Donald Trump — em meio a uma trégua frágil entre as duas potências.

Dados do Departamento de Agricultura dos EUA mostram que, até 11 de setembro, a China não havia reservado nenhuma carga da oleaginosa, quase duas semanas após o início da nova temporada — um fato inédito em registros que remontam a 1999, segundo a Bloomberg.

Em 2024, os EUA responderam por cerca de um quinto das importações de soja da China, equivalentes a mais de US$ 12 bilhões, além de representarem mais da metade do valor total das exportações americanas do grão.

EUA e China fecham acordo sobre o TikTok

O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, afirmou nesta segunda-feira (15) que o país norte-americano chegou a um acordo preliminar com a China sobre o aplicativo TikTok.

Os representantes dos países estão reunidos em Madri, na Espanha, para tratar sobre questões comerciais em meio à guerra comercial e ao tarifaço imposto por Donald Trump. Informações via Metrópoles e Meio & Mensagem.

De acordo com Bessent, o acordo deve permitir a transferência da propriedade para um controlador dos EUA e continue operando no país. Além disso, o representante disse que um possível banimento da rede social teria influenciado a decisão dos chineses em abandonar a exigência de redução das tarifas.

O secretário do Tesouro também afirmou que uma nova rodada de negociações entre norte-americanos e chineses está prevista para as próximas semanas.

Sem citar nomes, Trump também celebrou, através da Truth Social, os termos fechados com as autoridades chinesas. O presidente republicano indicou que “um acordo também foi fechado sobre uma certa empresa que os jovens em nosso país queriam muito salvar”.