O Citi (CTGP34) reforçou, em uma nota divulgada ao mercado recentemente, sua postura negativa em relação ao euro, mencionando que os últimos dados de atividade econômica na Europa foram fracos, o que pode fazer a moeda perder terreno para o dólar.
No início desta semana, foram divulgados dados que apontaram para uma forte contração na atividade empresarial da zona do euro em setembro. O índice preliminar PMI (Gerente de Compras Composto) da região, compilado pela S&P Global para o HCOB, recuou de 51,0 em agosto para 48,9 em setembro, ficando abaixo de 50 — marca que separa o crescimento da retração.
O declínio foi generalizado, com a maior economia da Europa, a Alemanha, apresentando uma contração ainda maior, enquanto a França — segunda maior — retornou à contração após o impulso temporário dos Jogos Olímpicos em agosto.
O banco ainda destacou os riscos de queda para o crescimento da zona do euro, sinalizando que a manufatura continua sendo um fator de pressão, à medida que os estímulos pontuais para o setor de serviços aparentemente estão se revertendo.
“Além disso, enquanto a queda na manufatura é um problema global, os EUA estão mais protegidos em relação à Europa”, disse o Citi, de acordo com o “Investing.com”. “Com os mercados antecipando cortes do Fed após a reunião de setembro do FOMC, acreditamos que o foco pode se voltar para o BCE, que pode estar ficando atrás da curva, especialmente se os dados europeus continuarem a enfraquecer, enquanto os pedidos iniciais de seguro-desemprego nos EUA permanecem baixos”, completou.
Citi recomenda: “não venda ações dos EUA de maneira precipitada”
Os analistas do Citi divulgaram, nesta sexta-feira (20), um relatório abrangente sobre o mercado de ações dos EUA, apesar dos preços estarem em níveis elevados.
Com o S&P 500 alcançando novos patamares históricos e indicadores tradicionais sinalizando uma possível pressão sobre o “valuation”, o Citi sugere prudência e aconselha a não “vender ações dos EUA de forma precipitada.”
O relatório enfatiza que o recente corte de 50 pontos-base nas taxas de juros pelo Federal Reserve “revigorou o ânimo” do mercado, fazendo com que o S&P 500 superasse os níveis registrados em meados de julho.
Embora os indicadores tradicionais de avaliação sugiram uma pressão crescente, a análise do Citi, fundamentada em um “modelo macroeconômico de valor justo e uma abordagem reversa de fluxo de caixa descontado (DCF)”, proporciona uma visão mais equilibrada.
O banco afirma que, embora os lucros do índice possam enfrentar maiores desafios em razão das avaliações já elevadas, uma venda abrupta não é justificada.