A Alemanha continua sendo um diferencial na nota de confiança que a zona do Euro recebe anualmente. O índice Sentix para a zona do euro caiu para -17,7 em janeiro, de -17,5 em dezembro. É o menor patamar do índice desde o mesmo período em 2023, segundo informações apuradas pela agência Reuters.
O resultado, apesar de negativo, não apresentou todo o pessimismo que analistas previam ao cravar o índice em -18 para janeiro desse ano. “Na zona do euro, o motor econômico está ameaçando congelar a longo prazo”, disse a pesquisa, acrescentando que a economia da Alemanha “está pendurada na zona do euro como um peso de chumbo”, afirmou o relatório.
A medida que um otimismo do cenário econômico europeu se desdobra entre especialistas, também há o reconhecimento de uma piora no momento presente, como revelou uma pesquisa feita pela própria agencia de noticias com investidores entre os dias 2 e 4 de janeiro.
PMI industrial da zona do Euro frustra e cai em dezembro
Índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) industrial da zona do euro diminuiu de 45,2 para 45,1 em dezembro, de acordo com a pesquisa da S&P Global com o Hamburg Comercial Bank, de acordo com o portal Infomoney.
Resultado acabou frustrando pesquisadores e analistas que faziam uma previsão de 45,3 pela Fact set. O número abaixo de 50 mostra que houve contração da atividade no período.
Christine Lagarde: crescimento da zona do euro está perdendo força
Christine Lagarde, a presidente do BCE (Banco Central Europeu), avaliou que a zona do euro está perdendo força de crescimento e que a recuperação da economia está mais lenta do que o esperado. Os riscos à estabilidade financeira seguem elevados, de acordo com a dirigente, enquanto os relativos ao crescimento estão inclinados para baixo.
Após ser anunciada a decisão da instituição de fazer um corte de juros em 25 pontos-base, uma coletiva de imprensa foi realizada nesta quinta-feira (12), quando Lagarde comentou que a inflação doméstica está alta e que o cenário é reflexo da pressão salarial e de serviços.
“Esperamos que a inflação flutue perto do nível atual no curto prazo”, explicou ela, segundo o “InfoMoney”. Além disso, a dirigente também citou que, dentre os riscos para a inflação, está a baixa confiança, as tensões geopolíticas e o baixo investimento.