Dados de dezembro

CPI dos EUA de dezembro sobe 0,4%, alta anual de 2,9%

O CPI dos EUA subiu 0,4% em dezembro antes novembro, segundo dados com ajustes sazonais publicados pelo departamento do trabalho

CPI
CPI dos EUA / Foto: Freepik

O CPI (núcleo de preços ao consumidor, na sigla em inglês) dos EUA subiu 0,4% em dezembro antes novembro, segundo dados com ajustes sazonais publicados pelo departamento do trabalho nesta quarta-feira (15).

Na comparação anual, o acréscimo foi de 3,2% em relação a dezembro, enquanto o indicador fechou 2024 com taxa anual de 2,9%.

Analistas consultados pelo Projeções Broadcast esperavam altas de 0,2% e 3,3%, respectivamente.

No mês anterior, o núcleo do CPI dos EUA avançou 0,3% em novembro ante outubro e 3,3% na taxa anual.

CPI dos EUA tem maior alta em sete meses

Os preços ao consumidor nos EUA registraram em novembro o maior aumento dos últimos sete meses, mas essa elevação não deve mudar a decisão do Federal Reserve de cortar a taxa de juros pela terceira vez na próxima semana, especialmente em meio ao esfriamento do mercado de trabalho.

De acordo com o Departamento do Trabalho, o índice de preços ao consumidor (CPI) subiu 0,3% em novembro, a maior alta desde abril, após quatro meses consecutivos de aumento de apenas 0,2%.

Em relação ao acumulado anual, o CPI apresentou um crescimento de 2,7%, em comparação com 2,6% em outubro.

As expectativas dos economistas consultados pela Reuters apontavam para um aumento mensal de 0,3% e um crescimento anual de 2,7%.

Desafios persistem para o Fed, diz especialista

Andressa Durão, economista do ASA, analisou os dados do CPI de dezembro de 2024 e destacou que, embora o índice tenha ficado em linha com as expectativas do mercado, houve uma surpresa baixista no núcleo da inflação.

“O núcleo da inflação apresentou uma desaceleração, puxada tanto por bens quanto por alguns serviços, o que resultou em um supercore mais baixo do que o esperado”, afirmou.

A especialista ressaltou também que, embora a inflação de aluguéis tenha acelerado novamente, o aumento foi mais moderado do que nos últimos anos, alinhando-se com as previsões de mercado, com variação mais próxima de 0,30% do que de 0,40%.

Durão comentou que, apesar da aceleração da inflação em 12 meses e da média trimestral anualizada, o núcleo da inflação desacelerou nas duas medidas.

“O destaque ficou para o supernúcleo de serviços, que também registrou desaceleração, o que é um indicativo positivo”, explicou.

A economista apontou que, com os dados do CPI, as projeções para o PCE de dezembro devem ser revistas para baixo, o que pode influenciar a trajetória da política monetária.

Ainda de acordo com sua análse, a divulgação do índice de preços de importação, prevista para amanhã, deve fornecer mais clareza sobre as estimativas para o final do mês.

Segundo Durão, o CPI de dezembro representa uma boa notícia, especialmente por indicar uma possível retomada na desaceleração do núcleo da inflação, após meses de estagnação em patamares elevados.

“Esse dado diminui os riscos relacionados à persistência da inflação de serviços”, afirmou.

No entanto, ela destacou que, apesar dessa evolução favorável, o Federal Reserve (Fed) continuará mantendo os juros em níveis elevados, dada a inflação ainda acima da meta e os riscos associados às políticas econômicas do ex-presidente Donald Trump.

PPI dos EUA sobe 0,2% em dezembro, abaixo das expectativas

O PPI (índice de preços ao produtor) dos EUA subiu 0,2% em dezembro ante o mês anterior e de 3,3% na comparação anual. Em novembro, o indicador havia avançado 0,3% na comparação mensal e 3,5% na anual. O número veio abaixo das estimativas dos analistas, que apontavam para uma alta de 0,4% no mês e de 3,8% no ano.

De acordo com o portal UOL, analistas consultados pela FactSet projetavam alta de 0,3% na taxa mensal e de 3,4% na anual em dezembro

O dado é acompanhado de perto pelo mercado nesta terça-feira como um dos termômetros da inflação norte-americana, em antecipação ao índice de preços ao consumidor (CPI, em inglês) dos EUA, a ser divulgado na quarta-feira.

Acesse a versão completa
Sair da versão mobile