Desastres naturais já provocaram prejuízos globais de R$ 733 bilhões apenas no primeiro semestre de 2025. Mesmo com leve recuo em relação a 2024, os danos continuam alarmantes. Segundo a seguradora Munich Re, o impacto desses eventos supera a média histórica e reflete o avanço das mudanças climáticas.
Além disso, especialistas apontam que o segundo semestre deve ser ainda mais severo, com a chegada da temporada de furacões no hemisfério norte.
Desastres naturais se intensificam com impacto direto das mudanças climáticas
As mudanças climáticas já elevam a frequência e o custo dos desastres naturais em todo o mundo. O incêndio florestal em Los Angeles, por exemplo, lidera o ranking de 2025.
As chamas devastaram áreas extensas e geraram prejuízo de US$ 53 bilhões (R$ 297 bilhões). Desses, US$ 40 bilhões estavam cobertos por seguros. De acordo com Tobias Grimm, cientista da Munich Re, “as perdas aumentam rapidamente e exigem uma resposta imediata e eficaz da sociedade”.
Seguros amenizam perdas, mas cobertura ainda é desigual no mundo
Apesar de os seguros cobrirem US$ 80 bilhões em perdas neste ano, essa proteção não chega igualmente a todas as regiões. Ainda existe um grande desequilíbrio.
No Mianmar, por exemplo, um terremoto de magnitude 7,7 causou US$ 12 bilhões em danos. No entanto, apenas US$ 2,2 milhões estavam segurados. Como resultado, milhares de pessoas ficaram vulneráveis. Mais de 4.500 morreram durante o desastre, segundo a imprensa local.
Desastres naturais devem aumentar com temporada de furacões
A segunda metade de 2025 promete ser ainda mais crítica. A temporada de furacões, que vai de agosto a novembro, preocupa autoridades e empresas de seguros em todo o planeta.
Nos últimos oito anos, sete registraram perdas superiores a US$ 100 bilhões. Isso confirma a tendência: os desastres estão ficando mais caros, mais frequentes e mais letais.
Mitigação climática ajuda a reduzir prejuízos causados por desastres naturais
Para reverter o cenário, governos e empresas devem investir em infraestrutura resistente a desastres naturais. Também precisam reforçar políticas públicas de mitigação e adaptação climática.
Segundo Thomas Blunck, da Munich Re, “é essencial evitar construções em áreas de risco e adotar medidas preventivas”. Além disso, é necessário acelerar o combate às causas da crise climática, como o desmatamento e o uso intensivo de combustíveis fósseis.