Guerra tarifária

Discussões comerciais: China pressiona consenso com os EUA

Os dois lados devem usar seu mecanismo de consulta para “construir consenso”

(Reprodução: Valter Campanato/Agência Brasil)
(Reprodução: Valter Campanato/Agência Brasil)

O vice-primeiro-ministro da China, He Lifeng, disse que a China e os EUA devem manter a comunicação e fortalecer o consenso, após a trégua comercial entre os países, segundo a agência de notícias estatal Xinhua nesta quarta-feira (11).

Representantes dos EUA e da China concluíram dois dias de discussões comerciais em Londres, na Inglaterra, nesta terça-feira (10), para resolver questões importantes na guerra tarifária entre as potências, incluindo uma série de medidas de controle de exportação que prejudicaram a cadeia global de oferta. 

Ambos países devem usar seu mecanismo de consulta para “construir consenso, reduzir mal-entendidos e fortalecer a cooperação”, disse Lifeng à Xinhua. 

O mesmo descreveu as conversas como francas e profundas. 

Os países devem assegurar os resultados conquistados em seu diálogo, e pressionar por laços comerciais e econômicos bilaterais estáveis e de longo prazo, disse He.

A posição da China em relação às disputas comerciais com os Estados Unidos é clara e consistente, afirmou ele, reiterando que o país demonstra sinceridade nas negociações econômicas, embora mantenha seus princípios inegociáveis.

Pequim e Washington, após firmarem uma trégua de 90 dias durante o encontro em Genebra no mês passado, suspenderam a maior parte das tarifas de três dígitos que haviam imposto mutuamente a seus produtos. 

No entanto, os laços bilaterais permanecem tensionados devido a questões pendentes, como os controles chineses sobre a exportação de terras raras e as restrições impostas pelos EUA às exportações de tecnologia relacionada a semicondutores.

As negociações em Londres ocorreram após uma ligação telefônica entre o presidente Chinês, Xi Jinping, e o presidente norte-americano Donald Trump na quinta-feira.

O secretário de Comércio dos Estados Unidos, Howard Lutnick, que chefiou a delegação americana nas negociações em Londres, afirmou que o novo acordo eliminará as restrições sobre as exportações chinesas de minerais e ímãs de terras raras, bem como algumas das recentes medidas de controle impostas pelos EUA.

 No entanto, não foram fornecidos mais detalhes.

As duas equipes de negociação apresentarão os planos aos seus respectivos presidentes para aprovação, disse Lutnick.