BRICS discorda

Equipe de Trump combate desdolarização proposta pelo Brics

“Eu não permitiria que os países abandonassem o dólar porque, quando perdermos esse padrão, será como perder uma guerra revolucionária”, disse

Donald Trump
Donald Trump/ Foto: RS/via Fotos Publicas

A equipe econômica da administração anterior, liderada por Donald Trump, está explorando maneiras de desencorajar ativamente o uso de moedas diferentes do dólar em transações globais, em contraposição às práticas defendidas e adotadas por membros do Brics, conforme informaram fontes próximas ao assunto.

“Odeio quando os países abandonam o dólar”, disse Trump em uma entrevista no dia 11 de março à CNBC. 

As conversas envolvem a consideração de medidas punitivas contra países aliados ou adversários que buscam conduzir comércio bilateral em outras moedas que não o dólar, incluindo a imposição de controles de exportação, encargos e tarifas, revelaram as fontes, que preferiram manter o anonimato.

“Eu não permitiria que os países abandonassem o dólar porque, quando perdermos esse padrão, será como perder uma guerra revolucionária”, disse ele. “Isso será um golpe para o nosso país.”

Trump vai contra a desdolarização e BRICS discutem possibilidade

O debate sobre a redução do domínio do dólar no sistema financeiro global, discordada por Trump e equipe, ganhou impulso em 2022, quando os EUA lideraram esforços para aplicar sanções econômicas à Rússia, membro do G20.

Como parte dessas sanções, o acesso ao dólar foi restringido para o banco central russo, funcionários do governo e cerca de 2.500 outros indivíduos e entidades.

Recentemente, o presidente Joe Biden sancionou uma legislação que lhe concede novos poderes para confiscar ativos russos denominados em dólar, visando auxiliar na reconstrução da Ucrânia.

No entanto, os países do Brics – Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – já discutiram a possibilidade de uma desdolarização parcial do sistema financeiro global durante uma cúpula realizada em agosto do ano passado.

No entanto, eles enfatizaram que o dólar continuaria desempenhando um papel proeminente. Brasil e China, por exemplo, já estabeleceram um acordo para realizar transações comerciais utilizando exclusivamente o yuan e o real, sem a necessidade do dólar.

Os assessores de Trump consideraram abordar de maneira específica os esforços do Brics em uma possível segunda gestão do ex-presidente.

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