Sanções à vista

EUA analisam novas restrições ao acesso da China a chips de IA

Ainda não está claro quando as autoridades irão bater o martelo sobre a decisão

Bandeira chinesa
Bandeira chinesa / Foto: Divulgação

O governo dos EUA está analisando impor novos limites ao acesso da China à tecnologia de chips usados para o desenvolvimento de IA (Inteligência Artificial). As informações foram obtidas com exclusividade pela “Bloomberg News”.

As medidas discutidas nos bastidores do governo dos EUA se limitariam à capacidade da China de usar uma arquitetura de semicondutores de ponta conhecida como “gate all-around” ou “GAA”.

Os EUA têm trabalhado para limitar o acesso de Pequim a semicondutores avançados de IA, como os desenvolvidos pela Nvidia (NVDC34), através de sanções, em meio a temores de que a China possa usar a tecnologia para potencializar suas forças armadas.

Ainda não está claro quando as autoridades irão bater o martelo sobre a decisão, conforme informações da “Reuters”.

EUA: eleições podem representar riscos geopolíticos?

As eleições norte-americanas de 2024 prometem ser mais polarizadas do que nunca, influenciando diretamente a política externa dos EUA e suas relações com outras nações. 

Em entrevista ao BP Money, o economista e geopolítico José Mauro detalha as implicações dessa polarização e as possíveis diferenças nas políticas externas propostas pelos candidatos Joe Biden e Donald Trump.

Fabio Nogueira, economista geopolítico, ressalta que a “mudança de chave” nos EUA se deu em um período de pandemia. Momento marcado por inflação global, desabastecimento, aumento do custo de vida e redução da renda.

Além disso, a guerra na Ucrânia agravou a situação, com bloqueios econômicos impostos principalmente por europeus e americanos.

“Primeiro, sabemos que a mudança de chave nos EUA se deu em um período de pandemia, e que o mundo se tornou outro,” afirma Nogueira.

Medindo impactos nas relações internacionais

A polarização das eleições norte-americana tem implicações significativas para as relações internacionais. Mauro destaca que as relações entre os EUA e a China, que já estão deterioradas, podem se agravar ainda mais. 

“Durante o governo Biden, as relações sino-americanas também foram bastante tensas, o que sugere um componente estrutural nesse estremecimento,” explica. 

Segundo Mauro, uma vitória de Trump pode intensificar essas tensões, mas mesmo com Biden no poder, as relações com a China têm sido complicadas.