O déficit comercial dos EUA recuou em junho, impulsionado por uma queda acentuada nas importações de bens de consumo — mais uma evidência dos impactos provocados pelo presidente norte-americano Donald Trump no comércio global, com a imposição de tarifas sobre produtos importados. As informações foram divulgadas na manhã desta terça-feira (5) pelo Departamento de Comércio dos EUA.
O déficit comercial total caiu 16,0% em junho, para US$ 60,2 bilhões. O resultado foi divulgado poucos dias após o governo anunciar que o déficit na balança de mercadorias caiu 10,8%, atingindo o menor nível desde setembro de 2023. O governo também destacou que o déficit total, incluindo serviços, foi o mais baixo desde aquele mesmo mês.
As exportações de bens e serviços somaram US$ 277,3 bilhões, ligeiramente abaixo dos mais de US$ 278 bilhões registrados em maio. Já as importações totalizaram US$ 337,5 bilhões, ante US$ 350,3 bilhões no mês anterior.
A redução do déficit comercial contribuiu significativamente para a recuperação do PIB (Produto Interno Bruto) dos EUA no segundo trimestre, conforme relatado na semana passada. Segundo o Money Times, desempenho reverteu as perdas observadas no primeiro trimestre, quando as importações aumentaram devido à antecipação de compras por consumidores e empresas em resposta às tarifas impostas por Donald Trump.
Imprensa mundial vê escalada Brasil-EUA após prisão de Bolsonaro
A ordem de prisão domiciliar contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, determinada na segunda-feira (4) pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), teve ampla repercussão na imprensa internacional. Os veículos destacaram o impacto da decisão nas relações diplomáticas entre Brasil e Estados Unidos, além do envolvimento do presidente norte-americano Donald Trump no caso.
O Wall Street Journal classificou Bolsonaro como um “incendiário de direita” e destacou que ele “tem contado com a ajuda de Trump” enquanto responde a acusações de tentar um golpe militar em 2022.
Segundo o jornal, apesar da pressão de Washington, “os juízes do país apertaram o cerco”, impondo novas restrições, como o uso de tornozeleira eletrônica e a proibição de acesso à Embaixada dos EUA. As informações foram obtidas pelo InfoMoney.