
Autoridades dos EUA e da China anunciaram, na noite de terça-feira (10), que chegaram a um acordo sobre uma estrutura para retomar a trégua comercial e remover as restrições à exportação chinesa de terras raras. O anúncio, no entanto, trouxe poucos sinais de uma solução duradoura para as tensões comerciais de longa data.
Ao final de dois dias de intensas negociações em Londres, o secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, afirmou que o novo acordo de estrutura reforça os termos de um compromisso alcançado no mês passado em Genebra. O objetivo é aliviar as tarifas bilaterais de retaliação, que atingiram níveis de três dígitos.
Contudo, o acordo de Genebra fracassou devido às contínuas restrições impostas pela China às exportações de minerais essenciais. Isso levou o governo norte-americano a responder com seus próprios controles de exportação, impedindo o envio de software de design de semicondutores, aeronaves e outros produtos à China.
Lutnick afirmou que o acordo firmado em Londres removerá as restrições sobre as exportações chinesas de minerais e ímãs de terras raras, bem como parte das recentes barreiras impostas pelos EUA. No entanto, segundo o InfoMoney, ele não forneceu detalhes após o encerramento das negociações, por volta da meia-noite (horário de Londres).
Acordo comercial EUA-China
“Chegamos a uma estrutura para implementar o consenso de Genebra e o pedido entre os dois presidentes”, disse Lutnick. O representando ressaltou que ambas as delegações retornarão para apresentar a estrutura a seus respectivos chefes de Estado para aprovação.
Em um briefing separado, o vice-ministro do Comércio da China, Li Chenggang, afirmou que uma estrutura comercial havia sido alcançada “em princípio”. Ele acrescentou que o documento com as tratativas será levado aos líderes dos EUA e da China.
As mudanças nas políticas tarifárias do presidente norte-americano, Donald Trump, têm movimentado os mercados globais. As medidas provocaram congestionamento e confusão nos principais portos e custaram às empresas dezenas de bilhões de dólares em vendas.