Os Estados Unidos oferecem até R$ 140 milhões (US$ 25 milhões) por informações que levem à prisão ou condenação de Nicolás Maduro, presidente da Venezuela.
O Departamento de Justiça americano fez o anúncio nesta segunda-feira (28), intensificando sua ofensiva contra o regime chavista. A medida surge justamente quando a tensão geopolítica na América Latina aumenta consideravelmente.
Recompensa por Maduro reforça ofensiva direta dos EUA
A DEA (Drug Enforcement Administration) publicou o cartaz de “procurado” em suas redes sociais oficiais. No material, as autoridades acusam Maduro de liderar uma rede de narcotráfico internacional.
Além disso, o governo dos EUA afirma que o presidente venezuelano importa cocaína, utiliza armas pesadas no tráfico e coopera com grupos criminosos globais.
Além de Maduro, os Estados Unidos também incluíram na lista de procurados dois ministros influentes: Diosdado Cabello Rondón, da Justiça e Paz, e Vladimir Padrino López, da Defesa. Ambos participam ativamente do núcleo duro do regime venezuelano.
Recompensa por Maduro destaca envolvimento com o Cartel de Los Soles
Conforme as autoridades americanas, Maduro integra o Cartel de Los Soles, uma organização de tráfico que opera com apoio de setores do Exército venezuelano.
Essa rede criminosa, segundo investigações, mantém laços com o Cartel de Sinaloa, no México, com a quadrilha transnacional Tren de Aragua e com ex-integrantes das FARC, na Colômbia.
Na última sexta-feira (25), o governo Trump classificou oficialmente o Cartel de Los Soles como organização terrorista internacional. Já em 2020, uma corte federal de Nova York acusou Maduro de narcoterrorismo, alegando que ele coordenava o envio de toneladas de cocaína para os EUA e apoiava grupos armados na América Latina.
Recompensa por Maduro gera reações duras do regime venezuelano
Embora Washington tenha reforçado suas ações, o governo venezuelano rejeitou as acusações. Segundo Maduro e seus aliados, os EUA instrumentalizam o combate ao narcotráfico com interesses ideológicos.
Eles argumentam que a campanha visa desestabilizar politicamente a Venezuela, o que, conforme sua posição, fere a soberania nacional.
Apesar disso, o Departamento de Justiça manteve a oferta de recompensa e pediu que qualquer pessoa com informações úteis entre em contato confidencialmente com a DEA. Ao mesmo tempo, as autoridades americanas seguem firmes no objetivo de prender Maduro e desarticular o suposto esquema de narcotráfico internacional.