O número de novos pedidos de auxílio-desemprego nos EUA na semana passada, apresentaram uma inesperada queda, sinalizando uma contínua restrição nas condições do mercado de trabalho.
De acordo com o Departamento do Trabalho dos EUA divulgado nesta quinta-feira (25), os pedidos iniciais de auxílio-desemprego diminuíram em 5.000 na semana encerrada em 20 de abril, totalizando 207.000 após ajuste sazonal.
As expectativas de economistas consultados pela Reuters eram de 215.000 pedidos para a última semana. Este ano, os pedidos têm oscilado entre 194.000 e 225.000.
Recuperação do crise Covid impulsiona contratação nos EUA
As empresas dos EUA têm aumentado suas contratações depois de enfrentarem desafios na busca por mão de obra durante e após a pandemia de Covid-19, e estão experimentando maiores lucros devido ao forte poder de fixação de preços.
Com as demissões em baixa, os salários continuam em alta, sustentando os gastos dos consumidores, que representam mais de dois terços da atividade econômica norte-americana.
Além disso, o número de pessoas que continuam a receber benefícios após a primeira semana de auxílio, um indicador de contratação, caiu em 15.000 na semana que terminou em 13 de abril, chegando a 1,781 milhão, de acordo com o relatório.
EUA: PIB perde força e cresce 1,6%, abaixo da expectativa
O PIB dos EUA no primeiro trimestre de 2024 foi de 1,6%, um recuo em comparação ao de 3,4% registrado no quarto trimestre de 2023.
O resultado também veio abaixo do consenso LSEG de analistas, que esperavam um PIB de 2,4%.
O desempenho no primeiro trimestre refletiu, principalmente, as altas nos gastos do consumidor e no investimento em habitação, que foram parcialmente compensados por uma diminuição no investimento em estoques.
O presidente da distrital do Fed (Federal Reserve) de Chicago, Austan Goolsbee, declarou nesta sexta-feira (19) que o processo de desinflação dos EUA está estagnado e que as autoridades monetárias do país terão que manter os altos juros e “esperar ver” os efeitos.