Na semana terminada em 27 de abril, os novos pedidos por seguro-desemprego nos EUA atingiram 208 mil, conforme divulgado pelo Departamento do Trabalho nesta quinta-feira (2).
Algumas estimativas de analistas apontavam para um número ligeiramente maior, em torno de 212 mil.
Os dados mais recentes também mostram uma queda na média das últimas quatro semanas, passando de 213,5 mil (número revisado) para 210 mil, indicando um mercado de trabalho americano em um estado de aquecimento renovado.
Quanto às solicitações continuadas por seguro-desemprego, na semana encerrada em 20 de abril, foram registrados 1,774 milhão de pedidos nos EUA.
Fed mantém taxa de juros nos EUA
O Fed (Federal Reserve), Banco Central dos EUA, anunciou na tarde desta quarta-feira (1º) a manutenção das taxas de juros na faixa de 5,25% a 5,5% ao ano, permanecendo no nível mais alto já visto em mais de duas décadas.
A decisão da autoridade monetária norte-americana veio em compasso com as expectativas do mercado, que já acompanhava o tom mais rigoroso adotado pelo Fed nas últimas ocasiões.
O Fed não planeja atualizar suas projeções econômicas trimestrais durante a reunião desta semana, tornando qualquer nova orientação dependente das declarações e da conferência de imprensa lideradas por Powell.
Embora o Fed tenha feito progressos significativos na redução da inflação para retornar à sua meta de 2%, após atingir níveis máximos em 40 anos em 2022, esse progresso estagnou neste ano e até mesmo ameaçou reverter, levando os líderes do banco central a adotarem uma postura cautelosa em relação ao momento para iniciar os cortes nas taxas.
Criação de empregos nos EUA
O panorama econômico nos EUA revela uma criação de empregos no setor privado acima das expectativas, com 192 mil novas vagas surgindo em abril, conforme apontado pelo levantamento da American Data Processing (ADP).
Este número superou ligeiramente a previsão de 183 mil empregos, porém, ficou abaixo dos 208 mil postos de trabalho criados no mês revisado de março.
Os ganhos salariais, por sua vez, mostraram uma desaceleração, com um aumento de 9,3% para trabalhadores que mudaram de emprego em abril, em comparação com os 10,1% registrados em março. Já para os trabalhadores que permaneceram em seus empregos, o aumento foi de 5,0%, mantendo-se estável em relação ao mês anterior.