Preços ao produtor

EUA: PPI sobe 0,1% em maio ante abril e avança 2,6% em 12 meses

No acumulado de 12 meses, o PPI marcou alta de 2,6% em maio, após avanço de 2,5% em abril

Fonte: Pexels
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O PPI (índice de preços ao produtor, na sigla em inglês) dos EUA avançou 0,1% em maio em relação a abril, segundo dados divulgados pelo Departamento do Trabalho do país nesta quinta-feira (12). Na comparação anual, o indicador teve alta de 2,6%.

Analistas consultados pela FactSet projetavam uma alta mensal de 0,2% e um avanço anual de 2,6% para o mês de maio.

No acumulado de 12 meses, o PPI marcou alta de 2,6% em maio, após avanço de 2,5% em abril.

O núcleo do índice, que exclui itens voláteis como energia e alimentos, subiu 0,1% em maio na base mensal, abaixo da projeção do mercado, que esperava alta de 0,3%, segundo o Valor.

EUA têm nota de crédito rebaixada pela Moody’s

Em meio a uma trajetória fiscal cada vez mais preocupante, os EUA tiveram sua nota de crédito rebaixada pela Moody’s. A agência global de classificação de risco retirou o país do topo da escala, rebaixando a avaliação de “Aaa” para “Aa1”.

A decisão reflete não apenas o crescimento persistente do déficit público, mas também a ausência de sinais concretos de reversão desse cenário.

Boa parte dessa deterioração fiscal é atribuída à elevação expressiva dos gastos governamentais, com destaque para a área de defesa. Novos projetos militares — como o desenvolvimento dos caças F-47 e F-55, além da atualização do F-22 — estão entre os principais motores dessa expansão orçamentária, segundo o Money Times.

Ao mesmo tempo, medidas pontuais de desoneração, como a isenção de Imposto de Renda sobre gorjetas no setor de serviços, não têm sido suficientes para conter o avanço das despesas. Apesar de cortes anunciados em programas como o Medicare, essas reduções representam apenas ajustes simbólicos frente ao volume de gastos projetado.

Impacto do rebaixamento e perspectivas futuras

Para os próximos anos, o déficit público dos EUA deve crescer entre US$ 3 trilhões e US$ 5 trilhões — em direção oposta às expectativas do mercado, que aguardava um movimento de maior austeridade fiscal, especialmente diante da possível retomada do governo por Donald Trump.

Na prática, porém, o que se observa é um cenário de expansão fiscal contínua, que levanta dúvidas sobre a credibilidade financeira do país.