
O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, estendeu nesta quarta-feira (25) a autoridade do departamento para seguir usando medidas extraordinárias de gestão de caixa, a fim de evitar o estouro do teto da dívida federal por quase um mês, até 24 de julho.
Bessent afirmou, em uma carta enviada aos líderes do Congresso, que determinou a prorrogação do “período de suspensão da emissão de dívida”, anteriormente programado para expirar na sexta-feira (27), por entender que havia necessidade da extensão.
Essa declaração possibilita ao Tesouro suspender o financiamento de fundos de pensão e assistência médica para aposentados do governo, que não são necessários para o pagamento imediato de benefícios.
Para Bessent, o Tesouro não conseguiria mais cumprir todas as suas obrigações sem uma elevação ou suspensão do limite da dívida em algum momento entre o meio e o fim do verão dos EUA (julho a setembro).
Sua carta não forneceu atualizações específicas sobre esse prazo, embora ele tenha afirmado a repórteres, na terça-feira (24), que a chamada “data X” do teto da dívida poderia ser alterada caso os tribunais interferissem nas tarifas impostas pelo presidente Donald Trump. As taxas geraram um recorde de US$ 23 bilhões em receitas alfandegárias durante o mês de maio.
Contudo, a extensão até 24 de julho parece ter, em parte, o objetivo de manter a pressão sobre o Congresso para elevar o teto da dívida como parte de um grande pacote fiscal antes do recesso de agosto.
Impacto da decisão de Bessent
“Com base em nossas estimativas atuais, continuamos acreditando que o Congresso deve agir para aumentar ou suspender o teto da dívida o quanto antes, antes do recesso programado de agosto, a fim de proteger a plena fé e crédito dos Estados Unidos”, disse Scott Bessent na carta, de acordo com o Money Times.