“Curva de juros abrindo apoia dólar mais forte”, avalia analista Yamashita
Foto: EUA/CanvaPro

O governo dos EUA comunicou neste sábado (15) que considera apoiar hipotecas de 50 anos como parte dos esforços para enfrentar a crescente crise de acessibilidade habitacional no país.

A proposta rapidamente gerou críticas de economistas, legisladores e comentaristas nas redes sociais, que argumentam que estender os prazos dos empréstimos não resolveria questões mais profundas, como a oferta limitada de moradias e os custos elevados de financiamento.

Bill Pulte, diretor da FHFA (Agência Federal de Financiamento Habitacional), declarou no X que uma hipoteca de 50 anos seria “uma mudança completa no jogo” para compradores de imóveis. A FHFA supervisiona a Fannie Mae e a Freddie Mac, entidades apoiadas pelo governo que compram e garantem a maioria das hipotecas nos EUA.

Impacto da hipoteca de 50 anos no mercado imobiliário

A hipoteca de 30 anos tem sido, há muito tempo, uma característica marcante do mercado imobiliário americano, introduzida durante a era do New Deal para ajudar famílias a comprar casas por meio de financiamentos previsíveis e de longo prazo. Segundo o Investing, à época, as autoridades buscavam alinhar os cronogramas de pagamento com o tempo de vida profissional dos mutuários, quando a expectativa média de vida dos americanos era de 66 anos.

Analistas do UBS afirmaram que a hipoteca de 50 anos proposta pelo presidente Trump poderia perturbar significativamente o financiamento habitacional nos EUA, alertando que, embora possa melhorar ligeiramente a acessibilidade mensal, isso ocorreria às custas de pagamentos de juros muito mais altos ao longo da vida do empréstimo e de um acúmulo mais lento de patrimônio.