A ex-presidente da Argentina e figura central da política do país nos últimos 20 anos, Cristina Kirchner, foi condenada à prisão na terça-feira (10) pela Suprema Corte de Justiça da Argentina.
A decisão ocorreu após três juízes do tribunal rejeitarem, por unanimidade, um recurso que pedia a anulação de uma condenação de seis anos de prisão por desvio de dinheiro público em contratos de obras públicas.
Apesar de a condenação já ter sido confirmada por duas instâncias da Justiça argentina, em 2022 e 2024, a peronista aguardava em liberdade a análise do recurso pela Suprema Corte. Com a decisão de terça-feira, Kirchner pode ser detida a qualquer momento — por ter mais de 70 anos, ela pode solicitar a conversão da pena para prisão domiciliar.
Além disso, ela também é considerada inelegível e não poderá concorrer à vaga de deputada pela província de Buenos Aires — como havia expressado o desejo na semana passada.
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Cristina Kirchner foi presidente da Argentina por dois mandatos, de 2007 a 2015. Segundo a Veja, ela também foi vice-presidente durante o governo de Alberto Fernández, de 2019 a 2023.
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A partir de 10 de julho, a emissão das chamadas Letras Fiscais de Liquidez (LEFI) que substituíram a antiga Leliq, será encerrada. Esses títulos foram criados pelo governo Milei para facilitar a eliminação de passivos remunerados do Banco Central (BC). Dessa forma, o BC argentino se desfez de suas dívidas com pessoas físicas.
As letras que estão hoje em negociação vencem em 17 de julho e deixarão de ser oferecidas ao mercado. Com essa medida, a taxa básica de juros que em vários países, como o Brasil, é usada para definir metas de inflação, deixará de ser definida pela autoridade monetária argentina.
Ao invés disso, o governo adotará um sistema com base no “controle de agregados monetários”, em que as taxas serão determinadas pelo mercado.
