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O presidente do Fed (Federal Reserve) de Richmond, Tom Barkin, expressou nesta quarta-feira (5) que a autarquia monetária norte-americana permanece com uma inclinação para realizar novos cortes na taxa de juros ainda neste ano, embora seja essencial compreender melhor o impacto das novas políticas do governo de Donald Trump, especialmente nas áreas de comércio, imigração e regulação.
Na ocasião, a autoridade destacou que essas incertezas precisam ser avaliadas de forma mais clara antes que uma decisão final seja tomada sobre os próximos passos da autoridade monetária.
Barkin, em entrevista à Bloomberg Television, observou que além das tarifas impostas, outras questões como desregulação, políticas de imigração, mudanças na política energética e a instabilidade geopolítica adicionam mais complexidade ao cenário econômico.
“Há muitas incertezas no ar”, comentou, referindo-se à dificuldade de prever os efeitos dessas políticas em um contexto de volatilidade global.
Ainda assim, o presidente do Fed de Richmond se mostrou relativamente otimista quanto ao futuro econômico.
Barkin mencionou que espera uma desaceleração adicional da inflação ao longo do ano, o que, juntamente com a expectativa de que a economia continue em trajetória de crescimento, proporciona um cenário mais favorável para novos cortes.
“Começo com uma linha de base bastante favorável”, afirmou Barkin, reforçando que essa é, sem dúvida, a tendência observada até o momento: “Essa é certamente a tendência”.
Dirigente do Fed diz não ver problemas em cortar menos os juros
Austan Goolsbee, o presidente do Fed (Federal Reserve) de Chicago, afirmou que o mercado de trabalho dos EUA parece estabilizado, próximo de alcançar o pleno emprego, e que não há problemas em diminuir o ritmo de corte dos juros. A declaração foi realizada em entrevista para a “CNBC TV” nesta sexta-feira (31).
O dirigente do Fed também afirmou que o banco central norte-americano está próximo da meta de inflação de 2%, com as expectativas do mercado “firmemente ancoradas”. Goolsbee foi responsável por aprovar a leitura da série de dados de inflação dos EUA, divulgados nesta sexta.
“Registramos vários meses de desempenho sólido de inflação perto de 2%”, defendeu o membro do Fed.