Economia dos EUA pede cautela

Fed inicia última reunião da era Biden, atento a possíveis cortes de juros

Na reunião anterior, logo após a vitória de Trum na eleição presidencial, o Fed reduziu a taxa de 25 pontos base

Foto: Canva
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Os integrantes do Fomc (Comitê Federal de Mercado Aberto) do Fed (Federal Reserve) dos EUA iniciam, nesta terça-feira (17), a última reunião sob o governo do presidente democrata Joe Biden, com a atenção voltada para a possibilidade de novos cortes na taxa de juros.

Na reunião anterior, nos dias 6 e 7 de novembro, logo após a eleição presidencial em que Donald Trump venceu, o Fed reduziu a taxa de 25 pontos base. Essa foi a segunda queda consecutiva desde setembro, deixando a taxa básica no intervalo entre 4,5% e 4,75%.

Na ocasião, Jerome Powell, presidente do Fed, afirmou que qualquer decisão futura seria baseada na análise dos dados econômicos que surgissem. Ele destacou que a transição presidencial não teria impacto significativo no curto prazo.

O FOMC anuncia sua decisão ao final da reunião de quarta-feira. A nova administração de Trump, que assume em 28 e 29 de janeiro, coincide com o controle do Congresso passando para os republicanos, tanto na Câmara quanto no Senado, após os resultados das eleições de novembro.

Economia dos EUA pede cautela

No cenário econômico atual, os dados sugerem uma abordagem cautelosa. A inflação voltou a crescer em novembro pelo segundo mês consecutivo, atingindo 2,7%, com um aumento de uma décima.

A medida de inflação subjacente, que exclui elementos voláteis como energia e alimentos não processados e é um indicador crucial para o Fed, permaneceu estável em 3,3%.

Por outro lado, a taxa de desemprego subiu levemente em novembro, passando de 4,1% em outubro para 4,2%. No entanto, a criação de empregos mostrou recuperação, com um aumento de 227 mil novos postos líquidos, 191 mil a mais do que o número revisado do mês anterior.

Christian Scherrmann, economista-chefe da gestora DWS nos EUA, acredita que a situação econômica ainda apresenta incertezas e que a Reserva Federal não demonstra urgência em reduzir a taxa de juros no curto prazo.