O FOMC (Comitê Federal de Mercado Aberto) do Fed (Federal Reserve, o Banco Central dos EUA) decidiu, nesta quarta-feira (30), manter a taxa de juros norte-americana inalterada entre 4,25% e 4,50% ao ano. Esta é a sexta reunião consecutiva em que a autoridade monetária opta pela manutenção da taxa.
A decisão divulgada hoje não foi unânime; dois membros do FOMC votaram por retirar 0,25 ponto percentual das taxas de juros. Às 15h30 (horário de Brasília), o presidente do banco central, Jerome Powell, concede entrevista à imprensa para dar mais detalhes sobre a decisão.
A decisão vem em meio a pressão do presidente dos EUA, Donald Trump, que voltou a pedir por cortes. “O PIB do 2º trimestre acabou de ser divulgado: 3%, muito melhor do que o esperado! ‘Tarde demais’ — agora tem que baixar a taxa. Sem inflação! Deixem as pessoas comprarem e refinanciarem suas casas!”, escreveu Trump no Truth Social, momentos antes da divulgação oficial da decisão.
Apesar do apelo político, o presidente do Fed, Jerome Powell, reforçou que o comitê continuará guiando suas decisões com base nos indicadores econômicos, especialmente inflação, emprego e atividade.
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A manutenção da taxa já era esperada pelos especialistas, com um discurso de que só agirá com base nos dados da economia americana – como o próprio Jerome Powell defendeu na última “super quarta”.
De acordo com analistas, o Fed continuará observando indicadores como geração de emprego, renda e ancoragem das expectativas de inflação. Vale lembrar que também serão observados demais dados que possam justificar uma eventual flexibilização monetária nos próximos meses.
Influência do mercado de trabalho e inflação na decisão
Dentre os indicadores que medem a saúde da economia norte-americana, o mercado de trabalho segue como um dos mais relevantes. Nesta manhã, o Relatório de Emprego ADP mostrou que a criação de vagas no setor privado dos EUA superou as expectativas em julho, apesar dos sinais contínuos de desaceleração.
Foram abertas 104 mil vagas no setor privado no mês passado. Uma revisão negativa dos dados de junho apontaram para o fechamento de 23 mil postos.
