O presidente do Fed (Federal Reserve), Jerome Powell, indicou a possibilidade de iniciar a redução das medidas de estímulo monetário ainda este ano, desde que a economia continue se desenvolvendo conforme o esperado. A fala foi dada em pronunciamento preparado para sua participação na Câmara dos Representantes dos EUA nesta quarta-feira (6).
O discurso de Powell foi disponibilizado antecipadamente no site do Fed e precederá sua audiência semestral perante os legisladores.
No entanto, Powell ressaltou a incerteza em relação ao panorama econômico e expressou preocupação sobre a possibilidade de a inflação retornar de forma sustentável à meta do Fed de 2%.
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“Reduzir o aperto muito cedo ou demais pode reverter o progresso feito no combate à inflação até o momento e acabar exigindo uma política monetária ainda mais rígida para devolver a inflação à meta. Ao mesmo tempo, reduzir a restrição muito tarde ou muito pouco poderia enfraquecer indevidamente a atividade econômica e o emprego”, disse, reiterando que a inflação caiu de forma expressiva no último ano mas que continua acima da meta.
Powell vê com otimismo o cenário econômico dos EUA
Na sua fala, Powell menciona que o banco central dos EUA não planeja “reduzir as taxas de juros até que tenha confiança de que a inflação está voltando consistentemente para a meta de 2%”.
O presidente do Federal Reserve enfatiza que a decisão de ajustar as taxas será guiada por dados futuros, considerações econômicas e avaliações de risco. Powell também sugere que as taxas de juros atingiram o ápice neste ciclo.
Ao abordar a situação econômica dos EUA, Powell apresenta um quadro em grande parte otimista: o desemprego mantém-se em 3,7%, a inflação, embora próxima da meta de 2%, ainda está sob controle, e a economia continua a crescer, apesar das políticas de crédito restritas impostas pela entidade.
No entanto, o caminho adiante permanece incerto. Recentemente, leituras de inflação revelaram uma persistência maior do que o esperado, gerando preocupações entre algumas autoridades do Fed e analistas externos.
Há receios de que a robustez da economia americana possa impedir uma redução significativa das pressões inflacionárias, o que poderia levar a um adiamento dos cortes nas taxas de juros além do inicialmente previsto.
