O FMI (Fundo Monetário Internacional) criticou, nesta quinta-feira (16) a administração do presidente dos EUA, Joe Biden, por aumentar drasticamente as tarifas sobre alguns produtos chineses, alertando que as tensões entre as duas maiores economias mundiais podem prejudicar o comércio e o crescimento global.
“Os EUA seriam mais bem servidos se mantivessem políticas comerciais abertas que têm sido vitais para o seu desempenho econômico”, disse a porta-voz do FMI, Julie Kozack.
A fala foi concedida em Washington, quando questionada sobre a medida no início desta semana. A autoridade completou afirmando que uma fragmentação deste tipo pode ser “muito” dispendiosa para a economia global.
As críticas vieram após o anúncio, na última terça-feira (14), do presidente dos EUA Joe Biden, em que decidiu impor tarifas mais altas sobre as exportações chinesas de veículos elétricos, semicondutores e minerais para o país estadunidense.
Kristalina Georgieva, diretora-gerente do FMI, afirmou no mês passado que “todos os olhos estão voltados para os EUA”, destacando as crescentes críticas do fundo ao seu maior acionista devido ao impacto global de suas políticas.
EUA eleva tarifas alfandegárias sobre produtos chineses
Na narrativa de Biden, a medida foi uma intenção de impor limites nas exportações chinesas, uma vez que ele acusa Pequim de “trapacear” e de adotar “práticas desleais” no comercio.
Na medida do governo, tomada a menos de seis meses das eleições, a Casa Branca decidiu por quadruplicar os veículos elétricos, que passaram de 25% para 100% neste ano.
Para os semicondutores, os impostos são menores, mas ainda expansivos. A taxação vai dobrar de 25% para 50% até 2025.
“Não vamos permitir que a China inunde nosso mercado, impedindo a concorrência leal dos fabricantes americanos de automóveis”, disse Biden.
O aumento expressivo nas tarifas teve uma reação imediata do governo Chines, que a supressão das medidas.exigiu
“Isto afetará gravemente o clima de cooperação bilateral”, criticou o Ministério do Comércio em um nota, pedindo ao governo dos Estados Unidos que “retifique de maneira imediata suas ações equivocadas e cancele as medidas tarifárias adicionais contra a China”.