O FMI (Fundo Monetário Internacional) destacou que a Argentina enfrenta desafios significativos e precisa fazer mais progressos para superar sua crise econômica, especialmente para proteger os setores mais vulneráveis, que suportam grande parte dos ajustes promovidos pelo governo do presidente Javier Milei.
Julie Kozack, diretora de comunicações do FMI, fez essas declarações na quinta-feira, 6, após o organismo multilateral reiterar elogios às políticas implementadas por Milei desde que ele assumiu a presidência argentina em dezembro de 2023.
“O caminho a seguir para a Argentina continua desafiador”, disse Kozack em entrevista coletiva na sede do FMI em Washington. “Aproveitar estas conquistas iniciais significa que as políticas terão de evoluir”, acrescentou, sem identificar essas conquistas.
O FMI está monitorando de perto “a delicada situação social na Argentina” e ressaltou a “necessidade de ampliar a assistência social para amparar os mais pobres”, afirmou a porta-voz.
Kozack destacou a importância de aprimorar a qualidade da consolidação fiscal para assegurar sua durabilidade e equidade, protegendo os mais vulneráveis.
Ela também afirmou que as políticas monetária e fiscal devem se desenvolver para controlar a inflação e proteger os avanços recentes. Considerou “prioritário” implementar reformas que removam obstáculos e fomentem o emprego formal e o investimento privado, além de ampliar o apoio político às reformas macroeconômicas.
FMI: flexibilidade no ritmo de afrouxamento monetário é prudente
A manutenção da flexibilidade pelo BC (Banco Central) em relação ao ritmo e à duração de seu ciclo de afrouxamento monetário é prudente. A afirmativa foi realizada nesta terça-feira (28) pelo FMI (Fundo Monetário Internacional), que considerou o mercado de trabalho apertado e as expectativas de inflação superiores à meta do país.
Em comunicado sobre as conclusões preliminares após uma visita ao Brasil, a equipe do FMI declarou que aguarda um crescimento moderado no curto prazo antes de uma melhora para 2,5% no médio prazo.O dado apresentado, segundo a “CNN”, é uma revisão para cima em relação à previsão anterior de 2,0%.