O Fomc (Comitê Federal de Mercado Aberto, na sigla em inglês) manteve uma postura cautelosa na última decisão sobre a taxa de juros dos EUA, realizada entre os dias 29 e 30 de julho. Ata da reunião foi divulgada nesta quarta-feira (20). Documento completo pode ser acessado através do site do Fed.
O Comitê do Fed (Federal Reserve, o Banco Central dos EUA) decidiu manter a taxa de juros norte-americana inalterada entre 4,25% e 4,50% ao ano, número considerado elevado. Esta é a sexta reunião consecutiva em que a autoridade monetária opta pela manutenção da taxa. A decisão foi quase unânime e a instituição compreende que ainda pode levar tempo para compreender o efeito das tarifas de Donald Trump nos EUA.
Apenas o diretor Christopher Waller e a vice-chair de supervisão do Fed, Michelle Bowman, votaram contra a decisão de manter inalterada a taxa de juros na faixa de 4,25% a 4,50%, preferindo reduzi-la em 0,25 ponto percentual – maior dissidência desde 1993.
De acordo com o documento, os membros vão continuar avaliando cuidadosamente os dados, a evolução das projeções e os riscos antes de tomar quaisquer novas decisões e reiterou o compromisso com emprego máximo e inflação de 2% no longo prazo.
O Fomc avalia que a atividade econômica foi moderada no primeiro semestre, principalmente levando em consideração as variações nas exportações líquidas. O desemprego se manteve baixo e as condições de trabalho estão sólidas.
A autoridade vai continuar reduzindo sua carteira de títulos do Tesouro, dívida de agências e títulos lastreados em hipotecas (MBS), disse a ata.
No que tange as operações de mercado aberto, o Fomc decidiu sobre:
- Taxa de juros sobre reservas mantida em 4,4%, a partir de 31 de julho de 2025.
- O Open Market Desk do Federal Reserve de Nova York deve conduzir operações para manter a taxa dos federal funds dentro da meta de 4,25%–4,5%.
- Operações de recompra (repos): ao menos 4,5%, com limite agregado de US$ 500 bilhões.
- Operações reversas de recompra (reverse repos): taxa de 4,25%, com limite de US$ 160 bilhões por contraparte por dia.
- Tesouro: rolagem de principal de títulos com vencimento excedente a US$ 5 bilhões mensais; resgate de cupons até esse teto, e rolamento caso o cupom seja menor.
- Agências/MBS: reinvestimento do principal que exceder US$ 35 bilhões por mês, preferencialmente em títulos do Tesouro; desvios modestos permitidos por razão operacional.
- Linha de crédito primária: mantida em 4,5 %, aprovada unanimemente.