A guerra comercial baseado em tarifas de 25% poderia reduzir o crescimento econômico da Alemanha em mais de 1 ponto percentual, segundo cálculos de um instituto econômico. Essa tarifa reduziria o PIB (Produto Interno Bruto) em 1,2% um ano após entrar em vigor, conforme apontou o Instituto IAB de Pesquisa de Emprego nesta sexta-feira (11).
O número de pessoas empregadas seria 90 mil menor, e a força de trabalho teria uma redução de 10 mil pessoas, conforme o estudo, que considerou aumentos tarifários fixos de 25%. “Uma crise estrutural e, agora, uma crise comercial, além disso: esse é um golpe para a indústria”, afirmou Enzo Weber, chefe de macroeconomia do IAB, segundo o InfoMoney.
Os dados estão alinhados com as projeções do principal instituto de previsão econômica da Alemanha, que afirmou nesta semana que as tarifas podem levar o país ao terceiro ano consecutivo de recessão — algo inédito na história do pós-guerra.
Guerra comercial derruba bolsas e dispara dólar
A intensificação da guerra comercial entre Estados Unidos e China, por sua vez, volta a impactar fortemente os mercados nesta segunda-feira (7).
Como resultado, câmbio, bolsas e commodities sofrem perdas expressivas.
Dólar sobe a R$ 5,90
No Brasil, o dólar abriu o dia em alta.
Às 10h28, a moeda norte-americana subia 1%, sendo cotada a R$5,9008.
O cenário foi influenciado pela retaliação chinesa anunciada na sexta-feira (4), quando tarifas adicionais foram impostas sobre produtos dos EUA.
Como resultado, os investidores aumentaram a busca por ativos mais seguros, como o dólar, em detrimento de ativos de risco, como ações e commodities.
Ibovespa recua com impacto direto da guerra comercial
O Ibovespa iniciou a sessão com leve queda, mas acelerou as perdas ao longo da manhã.
Às 10h28, o índice brasileiro caía 1,9%, aos 124.844 pontos.
A instabilidade é reflexo direto da guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo.
Nos Estados Unidos, os índices futuros também operam em queda.
Já na Ásia, alguns mercados registraram os piores desempenhos desde 1997, ampliando o clima de incerteza global.