O governo japonês comunicou que a nova primeira-ministra, Sanae Takaichi, está preparando um pacote de estímulo econômico que deve superar os US$ 92 bilhões lançados em 2024, com o objetivo de ajudar famílias a enfrentar a inflação. Segundo fontes ouvidas pelo Valor, o pacote — estimado em mais de 13,9 trilhões de ienes (aproximadamente US$ 92,19 bilhões) — será a primeira grande iniciativa econômica de Takaichi desde que ela assumiu o cargo, refletindo seu compromisso com uma política fiscal ativa e responsável.
De acordo com as fontes, o plano terá três pilares principais: medidas para combater a inflação, investimentos em setores de crescimento e reforço da segurança nacional. Entre as ações centrais, o governo japonês pretende eliminar rapidamente a taxa provisória sobre a gasolina e ampliar subsídios para governos locais, com o objetivo de apoiar pequenas e médias empresas que ainda não se beneficiam dos incentivos fiscais existentes para aumentar salários.
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O pacote também prevê investimentos em áreas estratégicas, como IA (inteligência artificial) e semicondutores, com foco no fortalecimento do desenvolvimento econômico do país. O valor final ainda não foi definido, mas o anúncio oficial pode ocorrer já no próximo mês.
Desafios e financiamento do pacote de estímulo do Japão
Para financiar as medidas, o governo está elaborando um orçamento suplementar para o atual ano fiscal, com expectativa de aprovação durante a próxima sessão extraordinária do Parlamento. Caso os gastos adicionais superem as estimativas iniciais, pode ser necessário emitir novos títulos públicos para cobrir o déficit — o que levanta dúvidas sobre como o país equilibrará o estímulo ao crescimento econômico com a disciplina fiscal.
