Em carta anual aos acionistas do JPMorgan (JPMC34), Jamie Dimon, o CEO do banco, afirmou que a companhia está se preparando para uma série de cenários envolvendo os juros dos EUA. A instituição entende que as taxas podem variar de 2% a até 8%.
O CEO do JPMorgan (JPMC34) acredita que a variação dos juros pode ser impulsionada por gastos governamentais e pelas necessidades de conter a elevação dos preços.
Dimon declarou que há tempos os estrategistas podem estar muito confiantes com suas projeções de que as taxas de juros devem ser reduzidas rapidamente.
Em 2023, ele sugeriu que os juros poderiam chegar a 7%, taxas que no momento estão entre 5,25% e 5,50%, com possíveis riscos inflacionários.
O CEO entende que, entre as razões para ter cautela com as taxas de inflação norte-americanas, estão as necessidades de conter as elevações de preços, a remilitarização, os gastos fiscais em curso e a reestruturação do comércio global. Além disso, ele acrescentou que é possível que os custos de energia sejam mais elevados no futuro devido à ausência de investimento na infraestrutura energética.
Em relação ao “soft landing” (pouso leve) do mercado, o CEO é otimista, com chances entre 70% e 80% de que o cenário ocorrerá.
“Parece haver um foco exacerbado nos dados inflacionários mensais e mudanças modestas nas taxas de juros”, afirma Dimon, de acordo com o “Money Times”.
JPMorgan (JPMC34) questiona próprio otimismo com Brasil, mas mantém ânimo
Em um relatório recente, os estrategistas do JPMorgan (JPMC34), Emy Shayo e Cinthya Mizuguchi, questionaram se é o momento de revisar o otimismo em relação ao Brasil, considerando diversos eventos que aumentaram o risco de intervenção política em empresas do país, além do cenário externo.
Apesar desses desafios, eles optaram por manter uma visão positiva em relação às ações brasileiras.