governo se preocupa com Venezuela
Lula e Maduro / Agência Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva conversou por telefone com Nicolás Maduro na terça-feira da semana passada (2). A ligação durou cerca de 15 minutos. Segundo fontes do Palácio do Planalto ouvidas pela CNN, o contato permaneceu em sigilo até esta quarta-feira (11).

Esse foi o primeiro contato direto entre os dois líderes em mais de 12 meses. O afastamento ocorreu após a crise política desencadeada pelas acusações de fraude nas eleições presidenciais de 2024. A situação deteriorou as relações diplomáticas entre Brasília e Caracas.

Além disso, auxiliares do Planalto classificaram a conversa como “cordial”. Para eles, o telefonema funcionou como um “quebra-gelo” depois de uma série de desentendimentos recentes.

Lula pede avaliação sobre presença militar dos EUA

Durante o telefonema, Lula demonstrou preocupação com as ações militares dos Estados Unidos no Caribe. Por isso, pediu a avaliação de Maduro sobre os movimentos das forças americanas na região.

Maduro, no entanto, repetiu apenas as posições já divulgadas pelo governo venezuelano. Ele negou liderar um cartel de drogas e classificou como “absurda” a acusação de que narcóticos consumidos nos EUA teriam origem na Venezuela.

Em outras conversas, Lula chegou a sinalizar a Donald Trump que poderia atuar como mediador entre Washington e Caracas. Desta vez, porém, a hipótese de intermediação não entrou na agenda. O foco ficou na situação regional e na presença militar americana.