
O Livro Bege, divulgado pelo Fed (Federal Reserve) nesta quarta-feira (26), mostra que a atividade econômica dos EUA mudou pouco em relação ao levantamento divulgado em outubro. Informações via Valor Econômico.
O relatório afirma também que as perspectivas para a economia permanecem amplamente inalteradas. Alguns participantes mencionaram um maior risco de desaceleração nos próximos meses, enquanto algum otimismo foi observado no setor industrial.
Os preços aumentaram moderadamente nos EUA devido às tarifas comerciais. “As pressões de custos de insumos foram generalizadas na manufatura e no varejo, refletindo amplamente aumentos induzidos por tarifas”, afirma o documento. O repasse do custo mais alto aos clientes variou dependendo da demanda, da concorrência, da sensibilidade dos consumidores a preços e da insistência deles.
“Houve diversos relatos de compressão de margens ou de empresas enfrentando dificuldades financeiras decorrentes das tarifas”, diz o Livro Bege. Espera-se que, para os próximos meses, as pressões de custo continuem, mas os planos de aumento de preços nos custos prazos foram mistos.
No mercado de trabalho, cerca de metade dos distritos apontou enfraquecimento na demanda por trabalho. Apesar do aumento nos anúncios de demissões, participantes da pesquisa relataram que empresas estavam limitando o número de funcionários por meio de congelamento de contratações e substituição apenas de vagas abertas em vez de desligamentos.
Também foi relatado que a IA (Inteligência Artificial) impactou para diminuir o número de demissões, aumentando a produtividade dos funcionários. Apesar disso, a tecnologia substituiu o emprego daqueles menos qualificados nas empresas.
Os empregadores ajustaram a quantidade de horas trabalhadas para acomodar volumes de negócios maiores ou menores que o esperado em vez de ajustar o número de trabalhadores.
“Na maioria dos distritos, os empregadores tiveram mais facilidade para encontrar trabalhadores, embora ainda houvesse dificuldades pontuais relacionadas a certas posições qualificadas e ao menor número de trabalhadores imigrantes”, afirma o documento.