A BlackRock, maior gestora de investimentos do mundo, registrou recorde no número de resgate diário em seu fundo atrelado ao Bitcoin. O iShares Bitcoin Trust ETF (IBIT) teve saídas de 333 milhões de dólares (2,04 bilhões de reais) somente na última quinta-feira (2).
A retirada foi o maior volume de saques desde o lançamento do fundo, em janeiro de 2024. O fundo também amargou seu terceiro dia com mais saques do que depósitos, maior sequência desde sua fundação.
Em dezembro, a criptomoeda bateu seu maior valor já cotado: US$108 por bitcoin. O fundo da Black Rock é o maior da classe e tem mais de 53 bilhões de dólares em ativos.
Bitcoin em 2024: Um ano de marcos históricos e desafios regulatórios
O Bitcoin viveu um ano extraordinário em 2024, consolidando-se como um ativo financeiro de relevância global. Um dos acontecimentos mais marcantes foi a aprovação, em 10 de janeiro, dos ETFs de Bitcoin pela Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC), o que abriu caminho para a entrada de grandes investidores institucionais no mercado.
A vitória eleitoral de Donald Trump também desempenhou um papel crucial no aumento do interesse pelo Bitcoin. Trump manifestou sua intenção de transformar os Estados Unidos na “capital criptográfica do planeta” e propôs a criação de uma reserva nacional de Bitcoin. Além disso, sua promessa de nomear Paul Atkins, conhecido por sua postura favorável às criptomoedas, como presidente da SEC, gerou expectativas de uma regulação mais flexível e favorável ao setor.
Outro ponto alto foi o halving do Bitcoin em abril, que reduziu pela metade as recompensas de mineração. Junto a cortes nas taxas de juros, esse evento contribuiu para a valorização da criptomoeda, que ultrapassou a marca de 100.000 dólares. Gestoras de fundos como BlackRock e Fidelity acumularam mais de 100 bilhões de dólares em ativos relacionados ao Bitcoin, consolidando sua adoção no sistema financeiro tradicional.