
A presidente do México, Claudia Sheinbaum, declarou nesta segunda-feira (14) que acredita que os EUA e o México estão próximos a chegar num acordo após o anúncio de tarifas durante o fim de semana.
“Há um acordo praticamente já terminado com o governo dos Estados Unidos, coordenado pelo Departamento de Estado nos temas de segurança. Fica clara a soberania, fica clara a territorialidade de cada um de nós e são estabelecidos esquemas de coordenação e colaboração. É um acordo que está praticamente terminado”, declarou Sheinbaum em entrevista coletiva, segundo a Exame, via BTG Pactual Notícias.
Sheinbaum rebateu as críticas de Donald Trump de que o país vizinho não estava fazendo os suficiente para impedir que o fentanil fosse contrabandeado para os EUA, disse a Reuters, via Investing.com.
“O México tem me ajudado a proteger a fronteira, MAS o que o México tem feito não é suficiente. O México ainda não deteve os cartéis que estão tentando transformar toda a América do Norte em um playground do narcotráfico”, escreveu Trump.
Como resposta Sheinbaum disse: “Nós fazemos a nossa parte e eles também precisam fazer a deles”, declaração dada em sua coletiva de imprensa habitual pela manhã. “Insistimos em questões relacionadas ao controle do fluxo de armas dos EUA para o México, na prisão de pessoas envolvidas no tráfico de drogas nos EUA e nas responsabilidades que pertencem aos Estados Unidos”, disse ela.
O México envia mais de 80% do total de seus produtos para os EUA e o livre comércio entre os países vizinhos levou o México a ultrapassar a China como principal parceiro comercial dos EUA em 2023.
Nesta segunda-feira (14), todas as bolsas de valores do México terminaram o dia em queda.
Trump: México e UE reagem a ameaça de tarifa
A presidente do México, Claudia Sheinbaum, e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, se posicionaram, neste sábado (12), contra as ameaças do presidente dos EUA, Donald Trump, de impor tarifas de 30% sobre produtos importados do México e do bloco europeu a partir do dia 1º. Em resposta, ambas defenderam a retomada do diálogo com a Casa Branca e propuseram a abertura de negociações para estabelecer novos acordos comerciais.
As ameaças representam mais um capítulo da escalada tarifas de Donald Trump nesta semana. Na última quarta-feira (9), o Brasil foi incluído na nova rodada da guerra tarifária, com o anúncio de que seus produtos poderão ser taxados em 50% a partir da mesma data, caso o País não interrompa o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado.
Durante o encontro, representantes dos Ministérios da Economia e das Relações Exteriores do México foram notificados sobre as novas tarifas. Em resposta, classificaram a medida como injusta e manifestaram discordância em relação aos termos propostos.