O presidente da Argentina, Javier Milei, denunciou tentativas de “corridas cambiais” contra seu governo nesta semana. O presidente chegou a criticar o diretor do Departamento do Hemisfério Ocidental do FMI (Fundo Monetário Internacional), Rodrigo Valdés, acusando-o de beneficiar a gestão anterior e de ter “más intenções” contra seu governo.
“Ele tem más intenções em relação à Argentina. Ele não quer o bem para o país. Ele foi contemplativo com o governo anterior e não conosco, que somos exemplo de esforço fiscal. Ele tem outra agenda”, disse Milei, de acordo com a “Exame”.
As declarações de Milei levaram a uma intervenção, fazendo o apresentador do canal de streaming que o entrevistava, Alejandro Fantino, perguntar se suas palavras poderiam impactar as negociações com o Fundo.
O presidente respondeu afirmando que “a verdade precisa ser conhecida”.
“Ele não é meu chefe; meu chefe é o povo argentino. É uma decisão do FMI, quem sabe por que o FMI nos coloca no Foro de São Paulo. Nós superamos tudo, e o dia todo eles ficam nos dando mais. O FMI tinha um conjunto de metas; definimos metas mais fortes e superamos as nossas”, concluiu o presidente.
Milei no Brasil: críticas ao socialismo e Bolsonaro “perseguido”
Em discurso de 20 minutos em Balneário Camboriú (SC), no último domingo (7), o presidente da Argentina, Javier Milei, fez duras críticas a governo socialistas e chegou a dizer que o ex-presidente brasileira Jair Bolsonaro é um “perseguido judicial”.
Milei condenou o regime de Nicolás Maduro na Venezuela ao chamar de ditadura e reiterou sua opinião de que o ataque do Exército na Bolívia foi um “autogolpe”.
O argentino, no entanto, evitou ataques direitos ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), após chamá-lo de “perfeito dinossauro idiota” em uma postagem no X (antigo Twitter) no início da semana passada.