Cuidado com as 7

MS: Ações de Big Tech apresentam riscos em 2025

Lisa Shalett, diretora de investimentos e de gestão de fortunas, que a desaceleração dos lucros das empresas de tecnologia pode surpreender

Foto: Reprodução/LinkedIn/Morgan Stanley
Foto: Reprodução/LinkedIn/Morgan Stanley

Lisa Shalett, diretora de investimentos e gestão de fortunas do Morgan Stanley, alerta que as gigantes de tecnologia, responsáveis por grande parte do crescimento do S&P 500 em 2024, podem enfrentar desafios em 2025 devido à desaceleração no crescimento dos lucros.

Ela destaca que a expectativa de aumentos significativos nos lucros pode não se concretizar, surpreendendo investidores que apostam em ganhos de dois dígitos, de acordo com o portal Bloomberg Linea.

As chamadas “Sete Magníficas” — Alphabet, Amazon, Apple, Meta Platforms, Microsoft, Nvidia e Tesla — devem apresentar um crescimento combinado nos lucros de 18% em 2025, uma queda em relação aos 34% projetados para 2024.

Essa desaceleração já reflete no mercado, com o índice Bloomberg Magnificent Seven Total Return registrando quatro sessões consecutivas de declínios de pelo menos 1%, a sequência mais longa desde 2022.

Sugestões da diretora

Shalett sugere que, em 2025, os investidores deverão ser mais seletivos ao escolher ações de grandes empresas de tecnologia, diferenciando entre as empresas para identificar as mais promissoras.

Além disso, a relação entre os rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA e o desempenho das ações de grandes empresas de tecnologia continuará sendo um fator crucial para os ativos de risco. Em 2024, os rendimentos dos títulos apresentaram variações significativas, influenciando diretamente o mercado de ações.

Especialistas alertam para a necessidade de expectativas realistas e seleção cuidadosa de ações, especialmente em um cenário de desaceleração no crescimento dos lucros das big techs. A diversificação dos investimentos e a atenção às diferenças nas exposições e estratégias das empresas serão fundamentais para os investidores em 2025.

Morgan Stanley corta recomendação da Vale para “neutro”

A recomendação para as ações da Vale (VALE3) foi cortada para “equal-weight” (equivalente a neutro) pelos analistas do Morgan Stanley, além disso, eles reduziram o preço-alvo dos ADRs (recibos de ações negociados nos EUA) de US$ 14,50 para US$ 11,30, de acordo com relatório enviado na noite de quarta-feira (12).

A equipe liderada por Carlos De Alba citou a incerteza elevada com a perspectiva de oferta/demanda do minério de ferro, bem como as expectativas de preços mais baixos do produto, que devem continuar a pesar no desempenho das ações.

“Além disso, os maiores pagamentos do acordo de Mariana limitarão a geração de fluxo de caixa livre (FCF, na sigla em inglês) da Vale, levando a menores yields de FCF em comparação com os principais pares de commodities de ferro da América Latina e do mundo”, consta no relatório do Morgan Stanley sobre a Vale.

No entanto, a equipe afirmou que ainda vê valor de longo prazo nos ativos da mineradora e estão encorajados por uma visão clara e sólida da administração da companhia para 2030.

Anteriormente, o banco havia eleito a Vale e a Gerdau (GGBR4) entre as preferidas globais no setor para este trimestre.