A médio prazo

OMC: comércio global de bens pode ser impactado por tarifas

As empresas e consumidores podem estar antecipando importações para não serem afetadas pelas possíveis medidas

OMC
Foto: Divulgação

O aumento da incerteza sobre a política comercial e a expectativa de novas tarifas podem impactar o comércio global a médio prazo, afirmou a OMC (Organização Mundial do Comércio) em comunicado publicado nesta quarta-feira (12).

Mesmo assim, o Barômetro de Bens da organização pode crescer nos primeiros meses de 2025, após estabilidade no quarto trimestre de 2024, avalia. Segundo a OMC, o índice atual deve ser interpretado com cautela, uma vez que o comércio pode ter sido temporariamente impulsionado pelas incertezas.

As empresas e consumidores podem estar antecipando importações para não serem afetadas pelas possíveis medidas, “possivelmente reduzindo a demanda no final do ano”, disse a OMC.

O índice do Barômetro de Bens ficou em 102,8 em janeiro, acima do do valor base de 100 e do número de dezembro, de 102,7. Isso evidencia um crescimento no volume de comércio de mercadorias.

Os pedidos de exportação, que costumam ser o componente mais preditivo do índice, ficaram próximos do valor base de 100. “Este indicador deve ser observado de perto para qualquer sinal de desaceleração comercial emergente”, disse a organização.

Lula decidirá sobre tarifas dos EUA na sexta-feira (14)

Uma decisão do governo brasileiro em resposta às tarifas adicionais sobre o aço e o alumínio do Brasil pelos EUA só deve ser definida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) após uma reunião prevista para sexta-feira (14), segundo o ministro da Casa Civil, Rui Costa.

O encontro será entre os membros dos governos brasileiro e norte-americano, acrescentou o chefe da Casa Civil.

Em entrevista a jornalistas, Rui Costa afirmou que Lula acredita em um entendimento entre os dois países.

Frango e suínos: após ação, previsão é de US$ 115 mi em vendas

Exportadores de carne suína e de frango esperam US$ 115 milhões em negócios nos próximos 12 meses após participação brasileira na Expo Carnes y Lácteos 2025, maior feira de alimentos do México, encerrada na semana passada em Monterrey. As informações são da ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal).

Conforme levantamentos feitos pela ABPA junto às empresas participantes, mais de US$ 20 milhões em negócios de exportação foram consolidados apenas nos três dias do evento, com importadores do MéxicoEUACanadáColômbia, Bahamas, Chile, El Salvador, República Dominicana, Cuba e outros países caribenhos.

Foram estabelecidos mais de 450 contatos com importadores que visitaram o espaço da ABPA e da ApexBrasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos). Na ação, foram realizados encontros de negócios com potenciais clientes e importadores dos setores brasileiros.