O PCE ( índice de Preço de Consumo Pessoal), um dos principais indicadores de inflação dos EUA, registrou 2,6% em dezembro, em linha com o esperado. Os dados foram divulgados pelo BEA (Escritório de Análises Econômicas) nesta sexta-feira (31).
Esse valor reflete a variação nos últimos 12 meses. Em comparação, o PCE havia ficado em 2,4% em novembro e 2,3% em outubro.
Considerando apenas o mês de dezembro, o índice completo do PCE apresentou um aumento de 0,3%, dentro das previsões dos economistas consultados pela Reuters.
Andressa Durão, economista do ASA, avaliou que os dados do PCE confirmam mais um cenário benigno, destacando que a média móvel anualizada do núcleo da inflação voltou a se aproximar de 2%.
No entanto, ela observou que, embora a inflação anual se mantenha acima da meta, o que mantém os riscos altistas, o Federal Reserve (Fed) deve continuar cauteloso.
“Esperamos que o Fed mantenha os juros parados nas próximas duas decisões”, afirmou Durão.
No núcleo do PCE, que exclui os preços mais voláteis de alimentos e energia, houve uma alta mensal de 0,2%, com a taxa anualizada dessa categoria alcançando 2,8%. Além disso, o BEA reportou que a renda pessoal dos americanos subiu 0,4% em dezembro.
PCE: termômetro do Fed e o impacto da inflação nos juros
O PCE, um dos indicadores mais importantes para o Federal Reserve (Fed) monitorar a inflação, continua sendo acompanhado de perto pelos investidores. Após a pandemia, o Fed aumentou as taxas de juros para controlar a alta dos preços, iniciando uma política de redução em setembro.
No entanto, na última reunião, realizada em 29 de janeiro, o banco central optou por pausar a queda e manteve a taxa de juros entre 4,25% e 4,50% ao ano.
A meta do Fed é alcançar uma inflação de 2%, mas os dados econômicos recentes mostram uma economia ainda aquecida.
Na última quinta-feira (30), foi divulgado que o PIB dos EUA cresceu 2,3% no quarto trimestre de 2024, embora esse número tenha ficado abaixo das previsões de mercado.