Em maio

PCE: Núcleo da inflação do consumo nos EUA desacelera para 0,1% 

Este movimento vem após três meses consecutivos de estabilidade em 0,3%

Foto: unsplash
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Em maio, o núcleo do índice de preços de gastos com consumo (PCE) nos EUA registrou uma desaceleração, marcando 0,1% em comparação a abril. 

Este movimento vem após três meses consecutivos de estabilidade em 0,3%, conforme dados recentemente divulgados pelo Departamento de Comércio dos EUA. Em termos anuais, o núcleo também mostrou enfraquecimento, caindo de 2,8% em abril para 2,6% em maio.

O núcleo do PCE, uma medida chave utilizada pelo Federal Reserve (Fed) para decisões de política monetária, exclui variações de preços de alimentos e energia devido à sua maior volatilidade.

Por outro lado, o índice completo, que incorpora essas categorias de preços, permaneceu estável em 0,0% na comparação mensal, mantendo-se também em 2,6% na análise anual, alinhado com as expectativas dos analistas do LSEG. No mês anterior, a inflação mensal havia sido de 0,3%, com uma variação anual de 2,7%.

Em detalhes, houve uma queda de 0,4% nos preços dos bens, enquanto os preços dos serviços subiram 0,2%. Os preços dos alimentos aumentaram modestamente em 0,1%, enquanto os preços da energia registraram uma queda de 2,1% no mês.

Comparando com o mesmo período do ano anterior, houve uma diminuição de 0,1% nos preços dos bens, enquanto os preços dos serviços aumentaram significativamente em 3,9%. 

Os preços dos alimentos registraram um aumento de 1,2% em relação a maio de 2023, e os preços da energia subiram 4,8%.

Os gastos pessoais, que incluem o PCE além de pagamentos de juros pessoais e transferências correntes pessoais, aumentaram em US$ 56,4 bilhões no mês. 

A poupança pessoal atingiu US$ 806,1 bilhões no período, resultando em uma taxa de poupança pessoal de 3,9% da renda pessoal disponível.

PCE e impacto potencial nos juros globais

A renda pessoal registrou um aumento de 0,5% em relação ao mês anterior, comparado a um aumento de 0,3% observado em abril, superando as expectativas de crescimento de 0,4%.

O mercado está atento à trajetória dos juros nos Estados Unidos, uma vez que a variação da inflação pode aproximar ou distanciar o Federal Reserve (Fed), o banco central americano, de sua meta de 2% ao ano. Essa dinâmica pode adiar ou antecipar o ciclo de redução de juros.

A perspectiva de taxas de juros mais baixas nos EUA tende a aumentar a atratividade dos investimentos em renda fixa globalmente. Por outro lado, uma política monetária mais frouxa nos EUA também beneficia os investidores em bolsas de valores, reduzindo o custo do capital. Isso é especialmente relevante para mercados acionários considerados mais arriscados, como o Brasil.

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