História sendo escrita

Prada potencializa mercado de luxo com compra da Versace

Transação histórica entre Prada e Versace no valor de US$1,4 bilhão promete uma nova era para as marcas de moda mundiais.

Foto: Divulgação Prada

Prada compra Versace em um acordo de US$1,4 bilhão, criando um novo gigante no cenário do luxo italiano. 

O negócio foi confirmado após semanas de negociações intensas e promete mudar o equilíbrio de poder na moda global.

Prada compra Versace e avança em sua estratégia de expansão

A aquisição envolve o pagamento de 1,25 bilhão de euros (aproximadamente US$1,4 bilhão) à Capri Holdings, grupo que também controla marcas como Michael Kors e Jimmy Choo. 

Curiosamente, a Capri havia adquirido a Versace por um valor maior em 2018 — cerca de US$ 2 bilhões.

Com a transação, a Prada reforça sua posição entre os líderes da moda de luxo. 

A Versace, fundada por Gianni Versace em 1978, ficou famosa pelas criações ousadas e pela direção criativa de Donatella Versace, que deixou o cargo em março de 2025.

Reposicionamento de marca desafia a Versace

Nos últimos anos, a Versace enfrentou dificuldades para acompanhar as mudanças do mercado. 

A tendência do “quiet luxury” — que valoriza discrição e elegância — tem ganhado espaço entre consumidores de alto poder aquisitivo, enquanto a Versace segue conhecida por estampas e visuais mais marcantes.

Prada impulsiona protagonismo italiano

A compra fortalece o papel da Itália na indústria de luxo global, hoje dominada por grupos como a americana Tapestry e a francesa LVMH. 

De acordo com a consultoria Bain, até 55% da produção mundial de bens de luxo pessoais é italiana, embora o país ainda careça de um conglomerado com grande escala internacional.

A Prada, com valor de mercado de 14 bilhões de euros (US$15 bilhões), lidera o setor de luxo na Itália. Ainda assim, está distante dos números da LVMH, que vale cerca de US$300 bilhões.

Futuro do luxo depende de novos movimentos

Segundo o consultor Achim Berg, o movimento da Prada é estratégico e necessário.

 “A ambição da Prada de se tornar um conglomerado de luxo italiano líder é exatamente o que muitos italianos esperavam”, afirmou à Reuters.

Agora, o mercado observa com atenção os próximos passos de Armani e Dolce & Gabbana, duas marcas ainda familiares e independentes.

Nesse contexto, suas decisões podem, portanto, definir o sucesso de uma possível potência italiana no cenário global do luxo.