Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura

Preço mundial dos alimentos é o maior desde 2023

Numericamente, o avanço foi de 1,6% para 130,1 pontos em julho deste ano.

(Foto: Alimentos/CanvaPro)
(Foto: Alimentos/CanvaPro)

O Índice de Preços dos Alimentos, organizado pela FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura, na sigla em inglês), atingiu o nível mais alto desde fevereiro de 2023. Numericamente, o avanço foi de 1,6% para 130,1 pontos em julho deste ano.

No geral, o índice de preços dos alimentos estava 7,6% mais alto do que em julho de 2024, mas permaneceu 18,8% abaixo do pico atingido em março de 2022, disse o Trading Economics.

O preço das carnes aumentou 1,2% e atingiu um novo recorde no sétimo mês do ano. Escalada foi impulsionada, principalmente, pelos preços mais altos de carne bovina e ovina, juntamente com um leve aumento nas cotações de carne de aves.

Os preços dos óleos vegetais subiram 7,1%, a máxima de três anos. As cotações mais altas de óleos de palma (azeite de dendê), soja e girassol, mais do que compensaram a queda no óleo de colza.

Mudando para as quedas, o custo dos cereais caiu 0,8% para mínimos de 2020, devido a cotações mais baixas para sorgo e trigo.

Os preços do açúcar recuaram levemente 0,2%, a quinta queda mensal consecutiva, e o custo dos laticínios recuou 0,1%, a primeira queda desde abril de 2024, impulsionada por preços internacionais mais baixos para manteiga e leites em pó.

StoneX projeta alta da soja com expansão de área e produtividade

A safra de soja do Brasil deve crescer 5,6% no ciclo 2025/26, totalizando 178,2 milhões de toneladas, conforme estimativa da consultoria StoneX divulgada nesta segunda-feira (4). A projeção considera o aumento de 2% na área plantada e uma melhora na produtividade média nacional.

Segundo a StoneX, o Rio Grande do Sul deve contribuir significativamente para esse avanço. O estado, que enfrentou problemas climáticos nas últimas safras, tende a se recuperar. Com isso, a produtividade brasileira deve se beneficiar de forma expressiva.

Além disso, a consultoria prevê exportações de 112 milhões de toneladas de soja, o que representaria um novo recorde. Nesse contexto, as disputas comerciais entre China e Estados Unidos podem impulsionar ainda mais a demanda pela soja brasileira.