O ataque dos EUA ao Irã, realizado na noite de sábado (21), elevou drasticamente as tensões no Oriente Médio.
O Presidente Donald Trump confirmou que ordenou a ofensiva contra três instalações nucleares iranianas.
Em resposta, o Irã atacou Israel com mísseis neste domingo (22). A escalada militar já provoca reflexos nos preços do petróleo e aumenta a incerteza sobre os rumos da economia mundial.
Ataque dos EUA ao Irã destrói centros nucleares estratégicos
O governo americano atacou as unidades de Fordow, Natanz e Isfahan, ligadas ao programa nuclear do Irã. Trump declarou que a operação foi “muito bem-sucedida” e destacou a complexidade da ação. Além disso, o presidente alertou que novos bombardeios ocorrerão caso o Irã não aceite negociar.
“Se não houver paz, os próximos ataques serão maiores e mais fáceis”, disse Trump em rede nacional.
Trump e Netanyahu coordenam ofensiva e endurecem discurso contra Teerã
Enquanto Trump discursava, o premiê israelense Benjamin Netanyahu comemorava nas redes sociais.
Ele afirmou que a ação “vai mudar a história” e elogiou a parceria com os EUA. Ambos acusam o Irã de financiar o terrorismo no Oriente Médio.
“A liderança de Trump criou um ponto de inflexão histórico”, declarou Netanyahu, agradecendo “em nome do povo de Israel”.
Irã lança mísseis contra Israel e ameaça novas retaliações
Poucas horas após o ataque dos EUA ao Irã, Teerã retaliou lançando mísseis balísticos contra Tel Aviv, Haifa e Nes Ziyona. O ataque feriu 16 civis e destruiu imóveis.
As equipes de emergência atuaram rapidamente nas áreas atingidas. Apesar da ofensiva, o Irã ainda evita confrontar diretamente os EUA.
Por outro lado, o Ministério das Relações Exteriores iraniano afirmou que “usará toda a força necessária” e acusou Washington de violar o direito internacional.
Ataque dos EUA ao Irã provoca disparada do petróleo
Com isso, os mercados já reagiram. O petróleo WTI subiu 8,8% nos contratos do fim de semana, podendo ultrapassar US$ 80 por barril nesta segunda-feira (24). Analistas projetam que, se o Irã fechar o estreito de Ormuz, o barril pode saltar para US$ 130.
Consequentemente, os custos energéticos aumentariam no mundo inteiro, pressionando ainda mais a inflação e as políticas monetárias de bancos centrais.
Conflito afeta diretamente a economia global e o Brasil sentirá os impactos
Além da escalada militar, o ataque dos EUA ao Irã acontece em um momento frágil para a economia mundial.
O FMI, OCDE e Banco Mundial já haviam cortado projeções de crescimento. Agora, o temor recai sobre um possível choque de oferta no petróleo e no gás natural.
Países como o Brasil, que importam combustíveis e fertilizantes, podem sofrer com preços mais altos e câmbio instável.
O agronegócio, por exemplo, tende a sentir aumento de custos logísticos e de produção.
AIEA confirma segurança nuclear, mas convoca reunião de emergência
A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) informou que não houve vazamento de radiação nos locais atingidos.
Ainda assim, o diretor Rafael Grossi convocou uma reunião urgente para esta segunda-feira (24). Ele reiterou o apelo para que instalações nucleares não sejam alvos de guerra.
“A contenção militar é essencial neste momento. Precisamos retomar o diálogo e o monitoramento técnico”, afirmou Grossi.