A guerra comercial iniciada pelo presidente dos EUA, Donald Trump, com uma leva de tarifas sobre diversos países, chegou ao mercado de luxo. O grupo italiano Prada solicitou um desconto de pouco mais de US$ 200 milhões para concretizar a compra da Versace.
O acordo entre Prada e Capri Holdings, proprietária da Versace, deve ser anunciado na quinta-feira (10). Segundo o Financial Times, o valor da transação está estimado em US$ 1,38 bilhão. O novo preço representará uma redução de 13,7% da oferta inicial.
Antes do anúncio de Trump, que balançou o mercado, a expectativa era de que a aquisição pudesse ser efetivada pelo valor de US$ 1,6 bilhão. Contudo, a redução foi proposta justamente pelo impacto na cotação do dólar e no quanto a tarifa poderá influenciar o resultado da Versace.
Segundo o Neofeed, o CEO da Capri, John Idol, está em Milão para finalizar os detalhes com a família Prada.
Desde que o governo Trump anunciou as medidas tarifárias, o preço das ações da Capri caiu mais de um terço. No momento, o valor de mercado do grupo de luxo está em US$ 1,5 bilhão.
Além disso, a dona das marcas Jimmy Choo e Michael Kors, a Capri, chegou a solicitar, inicialmente, 3 bilhões de euros pela Versace. Os dois grupos estão em conversas diretas para concretizar o negócio há pouco mais de um mês.
Peter Navarro: mentor do tarifaço criticado por Elon Musk
Peter Navarro, economista americano de 75 anos, voltou ao centro das atenções nos Estados Unidos ao retomar um cargo estratégico no governo de Donald Trump.
Considerado o principal arquiteto da política protecionista do ex-presidente, ele foi chamado de “imbecil” por Elon Musk, CEO da Tesla e da SpaceX, em uma troca pública de farpas.
Peter Navarro foi nomeado conselheiro sênior para comércio e manufatura em dezembro de 2024.
Por isso, Trump atribuiu a Peter Navarro a missão de implementar o chamado ‘tarifaço’ – um pacote de tarifas comerciais contra países como China, Vietnã, Japão e blocos como a União Europeia.
Além disso, com doutorado pelas universidades Tufts e Harvard, Navarro já havia atuado no primeiro mandato de Trump, quando liderou o Conselho Nacional de Comércio e, posteriormente, o Escritório de Políticas Comerciais e Manufatura.”