Estados Unidos

Tesouro dos EUA aumenta projeção de endividamento para o 2º tri

O Tesouro captou US$ 369 bilhões, encerrando o primeiro trimestre com US$ 406 bilhões em caixa

EUA
EUA / Foto: Freepik

O Departamento do Tesouro dos EUA elevou a projeção de endividamento para o segundo trimestre. O órgão comunicou recentemente que estima captar US$ 514 bilhões em dívida líquida negociável detida pelo setor privado, o que o levaria a encerrar junho com um colchão de US$ 850 bilhões. A nova projeção é US$ 391 bilhões maior do que a divulgada em fevereiro, refletindo um saldo de caixa inicial mais baixo e fluxos líquidos de caixa abaixo das estimativas anteriores.

Entre janeiro e março de 2025, o Tesouro captou US$ 369 bilhões, encerrando o primeiro trimestre com US$ 406 bilhões em caixa. No mês de fevereiro, a estimativa era emitir US$ 815 bilhões, com previsão de saldo de US$ 850 bilhões no fim de março.

A diferença de US$ 446 bilhões apresentada resulta, especialmente, do saldo final de caixa mais baixo, como comunicou o Tesouro em nota.

Para o terceiro trimestre, o Tesouro espera captar US$ 554 bilhões em dívida líquida negociável detida pelo setor privado, com a meta de manter um colchão de US$ 850 bilhões no final de setembro, como apontou o Valor.

EUA: secretário do Tesouro diz que tarifas sobre China não são sustentáveis

O secretário do Tesouro dos EUAScott Bessent, afirmou nesta quarta-feira (23) que as altas tarifas comerciais entre EUA e China não são sustentáveis. A declaração sinaliza uma abertura do governo do presidente Donald Trump para reduzir a escalada da guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo — uma tensão que tem alimentado temores de recessão global.

Os índices acionários norte-americanos reagiram com otimismo diante da possibilidade de que as duas potências suavizem as barreiras comerciais impostas no último mês. No entanto, ainda não há indícios concretos de que as negociações formais irão começar em breve.

Bessent destacou que as tarifas — atualmente em 145% sobre produtos chineses e 125% sobre produtos norte-americanos — precisariam ser reduzidas antes do avanço das tratativas comerciais. No entanto, ele ressaltou que Trump não deve agir de forma unilateral.

“Nenhum dos lados acredita que esses níveis sejam sustentáveis. Como eu disse ontem, isso equivale a um embargo. Uma ruptura no comércio entre os dois países não é do interesse de ninguém”, afirmou Bessent a repórteres, segundo informações do InfoMoney.