Tensões comerciais

Trump adia tarifas para 1º de agosto, mas admite nova prorrogação

Presidente dos EUA usa rede social para comunicar medidas a países como Japão e Coreia do Sul, que correm para evitar sobretaxas

RS/ Fotos Públicas
Presidente dos EUA, Donald Trump. (Foto: RS/ Fotos Públicas)

O presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou o adiamento da entrada em vigor das novas tarifas comerciais para 1º de agosto. A medida, inicialmente prevista para esta terça-feira (9), pode ser novamente prorrogada, caso os países afetados apresentem contrapropostas consideradas satisfatórias por Washington.

“Eu diria que é uma data firme, mas não totalmente. Se eles entrarem em contato e quiserem propor algo diferente, estamos dispostos a escutar”, afirmou Trump ao ser questionado sobre a rigidez do prazo.

Segundo a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, Trump assinará um decreto oficializando o adiamento.

A decisão afeta nações que ainda não firmaram acordos comerciais com os EUA.

Pelas redes sociais, Trump notificou diretamente os governos do Japão e da Coreia do Sul sobre a aplicação de uma tarifa de 25% sobre produtos exportados para o mercado norte-americano a partir do mês que vem.

Outros 12 países também foram informados por meio da Truth, plataforma de propriedade do próprio presidente.

Em resposta, autoridades sul-coreanas anunciaram que pretendem acelerar as negociações para tentar obter termos mais vantajosos até o fim de julho.

“Também vamos aproveitar esse intervalo para aprimorar nossas normas internas e enfrentar o desequilíbrio comercial, um dos pontos centrais levantados pelos Estados Unidos”, informou o Ministério da Indústria da Coreia.

Em 2024, o superávit comercial da Coreia do Sul com os EUA alcançou o recorde de US$ 55,6 bilhões, aumento de 25% em relação ao ano anterior, puxado principalmente pelas exportações do setor automotivo.

Em carta enviada ao recém-empossado presidente sul-coreano, Lee Jae Myung, Trump alegou que a relação comercial entre os dois países tem sido “pouco equilibrada” e incentivou Seul a apresentar uma proposta que promova maior abertura de seu mercado e eliminação de barreiras comerciais.